Em um período de duas semanas, entre os dias 3 e 18 de janeiro o número de focos de ferrugem asiática nas lavouras de soja de Mato Grosso do Sul cresceu 84,61%. Passou de 13 para 24, segundo levantamento do G1 com base nos dados do Consórcio Antiferrugem, a parceria público-privada que atua no combate a doença.
No país, a doença também avançou no mesmo período, mas em um percentual bem menor, 42,74%, passando de 131 para 187 registros. Mato Grosso do Sul continua a ter o terceiro maior número de casos, ficando atrás somente do Paraná, que contabiliza 52 focos e o Rio Grande do Sul, com 48.
Segundo o consórcio, foram registrados focos em 11 municípios de Mato Grosso do Sul:
- Maracaju – 8
- Chapadão do Sul – 4
- Laguna Carapã – 3
- Sidrolândia – 2
- Amambai – 1
- Antonio João – 1
- Bonito – 1
- Caarapó – 1
- Dourados – 1
- Jateí – 1
- São Gabriel do Oeste – 1
O que é a ferrugem asiática
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.
Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
Por Anderson Viegas, G1 MS