MS pode ter maior queda de produtividade de soja do país, aponta Conab

O clima chuvoso na época do plantio da safra 2018/2019 e seco no desenvolvimento das lavouras pode reduzir a produtividade da soja em até 10%, conforme levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O pico da colheita no Estado acontece em fevereiro e redução pode ser a maior do país.

A maior parte das plantações está em fase final de ciclo e a safra 2018/2019 está sendo desafiadora para os agricultores sul-mato-grossenses. De acordo com a Conab, Mato Grosso do Sul pode ter a maior queda de produtividade do país, com redução de até 10% em comparação com o ciclo anterior.

“Diante deste cenário, o manejo eficiente de pragas, doenças e plantas daninhas é indispensável para melhorar e alcançar bons resultados nesta safra. O agricultor que investir em tecnologia vai produzir melhor”, explica Helio Cabral, gerente de Marketing Soja da BASF.

Um dos maiores desafios é o controle das plantas invasoras, porque há importantes plantas daninhas resistentes ao herbicida glifosato. Nestas áreas, é preciso monitorar e utilizar manejo eficiente, incluindo herbicidas com outros princípios ativos. As infestações de capim amargoso, por exemplo, são resistentes e estão cada vez mais comuns.

A aplicação de fungicidas indicados para cada fase do cultivo é outro cuidado fundamental para evitar perdas com a ferrugem asiática e outras doenças da soja, já que o estado é o 3º com mais registros de ferrugem na safra 2018/2019, vindo atrás do Paraná e Rio Grande do Sul, segundo levantamento do Consórcio Antiferrugem.

Outro fator que pode comprometer a produtividade da lavoura é a presença de insetos pragas. A lagarta-cartucho (spodoptera) é uma das principais pragas que atacam as lavouras de soja.

Safrinha – A semeadura da segunda safra (safrinha de milho) já começou em Mato Grosso do Sul e deve intensificar-se nos próximos dias, conforme as áreas de soja forem colhidas.

 

 

*Campo Grande News – Danielle Valentim