Antes, presidente exonerou Marun do cargo de ministro da Secretaria de Governo. Como conselheiro de Itaipu Binacional, ele terá mandato até 2020.
O presidente Michel Temer exonerou o ministro Carlos Marun da Secretaria de Governo e o nomeou para exercer a função de conselheiro de Itaipu Binacional.
A exoneração e a nomeação foram publicadas no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (31).
Marun se elegeu deputado federal pelo MDB de Mato Grosso do Sul em 2014 e tinha mandato até esta terça. No entanto, no final de 2017 ele se licenciou da Câmara para ser ministro do governo Temer.
Como não disputou a eleição de outubro de 2018 (ele precisaria deixar o cargo de ministro para isso), Marun não exercerá função parlamentar a partir de 2019.
No conselho de Itaipu Binacional, ele terá mandato até 2020.
No dia 18 de dezembro, Temer indicou, também via “Diário Oficial”, o deputado André Moura (PSC-SE) para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No dia 23, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que, em seu governo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será ocupada por um perfil técnico. Segundo o jornal “O Globo”, ele retirará a indicação de Moura.
Trajetória no ministério
Marun assumiu a Secretaria de Governo no lugar do também deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). A pasta é responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso.
A troca foi uma maneira de o governo contemplar partidos do chamado “Centrão”, que criticavam a articulação de Imbassahy junto ao Congresso Nacional. A mudança também visou buscar os votos para aprovar a reforma da Previdência, porém o governo desistiu do projeto em fevereiro de 2018, ao decretar a intervenção federal no Rio de Janeiro (propostas de emenda à Constituição, como a reforma, não podem ser votadas durante uma intervenção em um estado).
Tanto na Câmara quanto no Planalto, Marun foi um defensor de Temer. Apoiou o impeachment de Dilma Rousseff, que levou Temer à Presidência, e se posicionou contrário as duas denúncias apresentadas pela PGR contra o presidente.
Na Câmara, ele também fez parte da “tropa de choque” do então presidente da Casa, o deputado cassado Eduardo Cunha.