Menina de dez anos morre após apanhar de três colegas ao sair da escola

A estudante identificada como Gabriely Ximenes, de 10 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (6) na Santa Casa de Campo Grande, uma semana depois de ser agredida por três alunas no horário de saída da escola estadual em que estudavam, na zona norte, em Campo Grande. Segundo a família, as meninas têm 14 e 10 anos.

O pai da vítima, um motorista de 40 anos, contou que a filha e as meninas estudavam no período vespertino. Na hora do intervalo de aulas no último dia 29, o trio teria se desentendido com Gabriela e ameaçado dizendo que a ‘pegariam’ na saída. O pai afirma que uma delas chegou a afirmar que bateria na criança até deixá-la ‘em uma cadeira de rodas’.

Na saída escolar, as três abordaram e agrediram a menina utilizando as mochilas já fora do espaço da escola, segundo o pai da vítima disse ao site Midiamax. Depois de apanhar, Gabriely reclamou de dormência nas pernas e chegou a ficar caída no chão até a chegada do resgate que a encaminhou para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Após ser atendida na unidade de saúde, Gabriely ficou em observação e recebeu alta no dia seguinte. No entanto, dias depois, a garota passou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada novamente até uma UPA e lá, descobriram que ela tinha um coágulo.

Gabriely chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu na manhã desta quinta-feira (06). Desolado, o pai afirma que não entende o motivo de a filha ter sido agredida. “Até as colegas de turma dela dizem que foi uma briga sem causa. Ela era ótima aluna, passou direto esse ano, era uma menina nota dez”, explica.

No dia da agressão, o caso foi registrado na delegacia e, segundo o pai, a mãe de uma das meninas de 14 anos chegou a ameaçá-lo. Na segunda-feira (3), a mãe da menina de 10 anos também ameaçou a família ao defender a filha.

A Polícia Civil vai investigar possível omissão da escola e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no caso. “Mesmo que a agressão tenha acontecido fora, precisamos saber se o desentendimento não começou ainda dentro da escola. Também é preciso entender o que apontaram os exames que ela fez porque é estranho ela ter recebido alta”, afirma o delegado João Roberto.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que está ‘ciente do fato e que acompanha o caso’.

 

Midimax – Clayton Neves e Mariana Rodrigues