Por falta de provas, acusado de matar idoso é absolvido pelo júri em Costa Rica

Por falta de provas, o Rivadavio Pereira dos Santos, de 62 anos, foi absolvido da acusação de homicídio simples e ocultação de cadáver de Walder Souza Neto, de 78 anos. O julgamento foi realizado ontem, no Tribunal do Júri de Costa Rica. A defesa, desempenhada pelo advogado Ramiro Piergentile Neto, disse que havia irregularidades no inquérito policial e que a morte do idoso deu-se por causas naturais.

O crime ocorreu em 2014. À época, o delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Souza, responsável pelas investigações, ouviu o depoimento do réu que teria confessado o crime, sob a alegação de que teria sido ameaçado por outras quatro pessoas para dar uma paulada no idoso. Todos estavam reunidos, bebendo juntos. Rivadavio teria dado o golpe, coberto o corpo e ido embora, não sabendo identificar os homens que estavam no local.

O corpo foi encontrado no dia 3 de novembro, em avançado estado de decomposição, na chácara onde morava a vítima, a cerca de oito quilômetros da cidade. Na casa havia vestígios de que os pertences tinham sido remexidos. No júri, o promotor de justiça Cássio Tiosso Abbud, apresentou estes fatos e pediu condenação conforme os termos da denúncia.

Em seguida, o advogado Ramiro se manifestou solicitando a absolvição do réu, em razão da ausência de provas, de materialidade e de autoria dos fatos imputados. Ele relatou que Rivadavio foi preso no dia 10 de novembro daquele ano, mas  que seu mandado só foi expedido no dia 11 e comunicado no dia 12, ferindo os direitos constitucionais dele. Além disso, os laudos constataram morte natural, apesar da história nebulosa acerca dos fatos.

O Conselho de Sentença se deu por convencido da falta de provas e decidiu absolver Rivadavio, conforme a sentença proferida pelo juiz de direito Francisco Sollimann. Ramiro disse estar satisfeito com o resultado. “É a sensação de um dever cumprido. O plenário do Tribunal do Júri é um dos grandes desafios enfrentados no início de carreira do advogado criminalista. Tivemos um trabalhador que esperou quatro anos para poder provar sua inocência”, pontuou.
Fonte: MS Todo Dia