Polícia investiga caso de menina que teria morrido por erro médico em MS

By Adejair Moraes On set 15, 2015

A Polícia Civil investiga se uma criança, de 3 anos, teria morrido vítima de erro médico em Maracaju, a 157 quilômetros de Campo Grande. O caso também está sendo acompanhado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MS). O médico que atendeu a criança pediu afastamento.

Por telefone, o médico Osvani Azambuja negou à TV Morena que tenha havido erro médico. Ele disse que todos os procedimentos foram realizados em equipe. A menina teve um choque séptico causado por broncopneumonia e isso causou a morte dela, segundo ele.

Iris Eduarda sentiu dores na barriga e foi levada pela avó, Josemara Pache, ao hospital municipal Soriano Correa da Silva no dia 18 de agosto. Ela disse que a neta tomou injeção a base de dipirona e passou mal após ser atendida pelo médico.

No mesmo dia, a família precisou levar a criança a Dourados para tratamento no Hospital Universitário. Dois dias depois ela morreu. O diagnóstico da morte apontou que a menina foi vítima da gripe H1N1. Porém, os familiares desconfiam da análise e acreditam que houve erro médico no atendimento da menina em Maracaju. A mãe, Ingrid Fernandes, está inconformada com a situação.

O hospital de Maracaju abriu sindicância para apurar o caso. O conselho de ética médica da unidade negou que tenha ocorrido erro médico. A documentação será encaminhada para o Conselho Regional de Medicina (CRM).

O médico pediatra que atendeu a menina em Maracaju foi denunciado. Ele atua na área há 30 anos e trabalha na cidade há quatro, segundo o diretor técnico da unidade. O delegado responsável pelas investigações informou que vai analisar a documentação profissional do acusado.

A direção do hospital de Dourados, para onde a menina foi encaminhada após sair de Maracaju, informou que está colaborando com as autoridades, mas preferiu manter as informações sob sigilo.

A denúncia foi registrada como morte a esclarecer. Os envolvidos são ouvidos nesta terça-feira (15).

Outro caso
Há um ano, o tratorista José Chaves de Oliveira foi atendido pelo mesmo médico depois de ter ido ao hospital em Maracaju com sintomas de conjuntivite. Ele também disse ter sido vítima de erro médico. Chaves fez quatro cirurgias, no entanto, não recuperou a visão do olho direito. Ele contou que, por isso, está impedido de trabalhar.

A suspeita do tratorista também é acompanhada pelo mesmo delegado que investiga a morte da criança, mas ele afirma que Chaves também foi atendido por outros médicos.

Sobre o caso do tratorista, o médico também negou que tenha havido erro.

TV Morena