O narcotraficante Marcelo Piloto foi expulso do Paraguai na manhã desta segunda-feira (19) depois do assassinato de Lídia Meza Burgos, de 18 anos, que aconteceu no último sábado (17), no grupo especializado da polícia onde Piloto estava preso, no Paraguai. O crime teria sido cometido para impedir a extradição de Piloto para o Brasil.
Piloto saiu em um avião do Grupo Air Tactical da Força Aérea Paraguaia às 5h05 da manhã desta segunda (19). Um grupo com três barcos das Forças Operacionais Especiais da Polícia acompanharam a extradição de Marcelo Piloto.
Segundo o site ABC Color, o ministro do interior Juan Villamayor teria dito que “a Associação Especializada não está pronta” para esse tipo de prisioneiro.
Na manhã deste domingo (18), foi feita uma reunião entre o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez e o Conselho de Segurança Interna, onde foi decidido por uma ‘varredura’ no grupamento especializado onde aconteceu o assassinato de Lídia. Mário Abdo ainda teria afirmado que ‘decisões drásticas’ seriam tomadas.
A jovem foi morta com uma faca de cozinha. Ela foi esfaqueada no pescoço, tórax, abdômen e nas costas causando hemorragia interna.Lídia chegou a ser socorrida depois de agentes ouvirem os gritos de socorro, mas ela não resistiu e morreu.
‘Marcelo Piloto’
Marcelo Piloto é considerado um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho e teve extradição concedida em 30 de setembro. O traficante recorreu e a matéria é analisada na segunda instância do país.
A expectativa do Ministério do Interior do Paraguai era que a extradição ocorresse ainda em novembro, já que os crimes que Piloto responde no país vizinho – falsificação de documentos e homicídio – são considerados de fácil conclusão.
No último dia 12, a advogada Laura Casuso, de 54 anos, que defendia Marcelo Piloto e Jarbas Pavão, foi morta com mais de 14 tiros em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã – a 325 quilômetros de Campo Grande. A polícia paraguaia não revelou se há conexão entre os crimes.
*Thatiana Melo – Midia Max