O Grupo empresarial sulmatogrossense Zahran fechou oficialmente um acordo com o Grupo Jaime Câmara, levando de uma vez só a TV Anhanguera, os jornais “O Popular” e “Daqui” e suas rádios. A empresa, a maior da área de comunicação de Mato Grosso, assume o negócio em 1º de janeiro. As informações são do Jornal Opção.
De acordo com o jornal, depois do encontro de contas, estabelecido por auditorias das duas empresas, os representantes dos dois grupos chegaram a um denominador comum. A venda, que já foi aprovada pela TV Globo, já vinha sendo cobrada pela emissora, devido à queda de audiência da TV Anhanguera, sem perspectivas positivas; e a falta de investimento em jornalismo. Segundo informações, o faturamento em Goiás está se tornando um dos mais baixos do país e é concentrado demasiadamente no setor público. Se este deixa de anunciar, a publicidade cai de maneira assustadora — o que estaria incomodando a família Marinho.
Os valores do negócio não foram divulgados, mas deduz-se que sejam números vultuosos, pelo menos no que se refere à TV, uma vez que, segundo informações do Opção, o Jornal O Popular foi vendido “quase de graça”.
Durante bom tempo, adianta o jornal, o Grupo Zahran, que também é detentor da empresa de gás Copagaz, rejeitou a ideia de ficar com os jornais “O Popular” e “Daqui”, devido ao alto custo com papel, o que poderia inviabilizá-lo, e alegava não ter expertise na área. Uma vez que o jornal foi vendido por uma “pechincha”, “O Popular” pode circular apenas na internet, com o objetivo de reduzir custos.
Inicialmente, sem uma avaliação formal, chegou-se a comentar que todo o Grupo Jaime Câmara, incluídos imóveis e maquinário — como impressoras —, valia 750 milhões de reais. Em seguida, começou-se a ventilar valores entre 250 milhões e 380 milhões de reais. O que vale mais, segundo o pessoal de Mato Grosso do Sul, é a concessão da TV Anhanguera.
Demissões
Nos bastidores tanto da TV Anhanguera quanto dos jornais comenta-se que demissões estão sendo preparadas, mas que não devem ser anunciadas publicamente. A redação de “O Popular”, se o jornal ficar apenas na internet, tende a ser reduzida em pelo menos 40%.
A reportagem do Dia Online entrou em contato com uma das assessoras do Grupo Zahran, Lucila Lopes, que declarou que o grupo não vai comentar. Quanto ao Grupo Jaime Câmara, a reportagem não conseguiu contato até o fechamento desta matéria.
Fonte: Dia Online