A ação de criminosos que explodiram duas agências bancárias de Chapadão do Sul durante a madrugada desta quarta-feira (7), é considerada por agentes da polícia como práticas de grupo denominado ‘o novo cangaço’. Característicos no modo de agir, o bando é conhecido por ter armamento pesado e estudar detalhadamente a logística de suas ações.
Além das agências explodidas, uma loja de roupas e uma ótica foram saqueadas pelos ‘novo cangaço’ que atacou Chapadão do Sul. De acordo com a funcionária da boutique de roupas, depois de sair do banco os suspeitos os suspeitos deram um tiro na porta de vidro do estabelecimento e de lá, levaram cerca de R$ 7 mil em produtos.
“Aqui é uma cidade tranquila, tanto que nossas câmeras de segurança ficavam ligadas apenas durante o dia e à noite desligávamos. Essa foi a primeira vez em três anos que fomos assaltadas”, conta a trabalhadora.
Como o circuito de segurança da loja estava desligado, a funcionária da loja disse que teve acesso às imagens feitas pelas câmeras instaladas na agência bancária. Ela conta que a ação dos bandidos durou cerca de 18 minutos e começou horas antes de o prédio ser invadido.
“Eles entraram na agência por volta das 2 horas, mas antes, cerca de 23 horas, uma das assaltantes ficou vigiando o local. Ela parou em um container de lanche que fica ao lado e, para disfarçar, pediu um refrigerante e ficou circulando, olhando câmeras. Era como se estivesse mapeando”, relata.
Da ótica, os autores não conseguiram levar nenhum produto porque os óculos estavam presos na vitrine. Apenas a porta de vidro foi danificada.
Vigilância
Ainda segundo a funcionária da loja saqueada, há 20 dias, comerciantes da região notaram a presença de homens em atitudes suspeitas na região. “Algumas funcionárias estranharam e reclamaram para a dona da loja. Eles ficavam em um carro branco olhando para as lojas e para as agências. Ficaram por cerca de duas semanas e depois sumiram”, conta.
Midiamax – Clayton Neves e Mariana Rodrigues