O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou durante agenda pública em Corumbá, que vai visitar nesta semana, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), para discutir com sua equipe de transição, as prioridades e pautas de Mato Grosso do Sul, que precisam do apoio e parceria da União.
“Acredito que teremos uma relação profícua com o governo federal. Recebi uma ligação do (Jair) Bolsonaro na última quarta-feira (31), pedindo que eu vá a Brasília conversar com a equipe de transição, para discutirmos as demandas do Estado”, disse Azambuja, durante entrevista na sede da prefeitura de Corumbá.
Reinaldo contou que entre os assuntos em pauta estará o desenvolvimento da logística local, mais investimentos na área da saúde, assim como um tema central, que é a segurança nas fronteiras. “Entendo que podemos ter uma ótima relação com o novo presidente, se a União não começar a olhar para a fronteira, vai perder a guerra nos grandes centros”, disse o tucano.
O governador disse estar “otimista” em uma parceria com Bolsonaro, já que o presidente eleito conhece os trabalhos desenvolvidos aqui, pelo DOF (Departamento de Operações na Fronteira). “Ele veio aqui conhecer o trabalho e fez muitos elogios, esperamos que haja além de uma ampliação no trabalho, também sequência no Sisfron, assim como aumentar as tropas federais”.
Ele lembrou que já entregou para ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assim como ao atual, Michel Temer (MDB), um projeto para segurança na fronteira, no entanto nas duas gestões não houve atuação efetiva da União. “Vamos fazer o mesmo, já mandei o documento ao Onyx (Lorenzoni) e vou conversar pessoalmente com o Bolsonaro”.
Exemplo – Reinaldo também citou que a reforma administrativa promovida em Mato Grosso do Sul, que reduziu de 13 para 10 secretarias, foi elogiada e servirá de exemplo para equipe do presidente Jair Bolsonaro. “Na semana passada, ao anunciar que iria reduzir ministérios, o Onix (Lorenzoni) citou nosso Estado como exemplo de ter a menor estrutura do País”.
Para o governador, a nova gestão nacional vai precisar de ajustes nas contas públicas, como corte de gastos, redução de ministérios e a aplicação de reformas. “Aqui tivemos coragem de promover ajustes fiscais, reforma administrativa, teto de gastos e reforma da previdência, apesar de serem medidas impopulares”. A previsão é que Reinaldo siga para Brasília nesta terça-feira (06). Maiores detalhes da agenda com Bolsonaro ainda não foram divulgados.