Homem pesca surubim de 31 kg um dia antes do início da Piracema em MS

Neste domingo (4), um dia antes do início da Piracema, Bruno Girotto pescava com um amigo no Rio Aquidauana (MS), no barranco, com carretilha. No final da tarde, a pescaria parecia ter sido ruim, até que Bruno percebeu que havia fisgado algo, só não imaginava que seria o maior peixe que já pescou: um surubim, de 31 kg.

O surubim de 31kg foi pescado com carretilha no Rio Aquidauana, em MS, um dia antes do início da Piracema  — Foto: Arquivo pessoal
O surubim de 31kg foi pescado com carretilha no Rio Aquidauana, em MS, um dia antes do início da Piracema — Foto: Arquivo pessoal

“Ele era muito grande, fiquei uns 15 minutos ‘brigando’ com o peixe na água, ele era muito forte e estava me puxando, minha linha ia acabar, tive que entrar até uma altura no rio. Sorte que passou um barco e pedi ajuda. Foi Deus que mandou aquele barco, os amigos me ajudaram a tirar ele da água”, conta.

Pescador precisa de ajuda de barco ao ser puxado para rio por surubim de 31kg
Pescador precisa de ajuda de barco ao ser puxado para rio por surubim de 31kg

Para Bruno, que pesca na região há 10 anos, foi emocionante pescar o maior peixe até hoje: “É muito difícil pegar um peixe desses na carretilha, Já tinha pego alguns de 12kg, 17kg, meu recorde era 21kg, agora, nada que se compare a esse ‘bichão’ aí! Foi sensacional! Isso não é só pesca, é um feito e tanto!”, conta.

Pesca está proibida a partir desta segunda (5)

De acordo com o tenente-coronel Queiroz, da Polícia Militar Ambiental (PMA), até este domingo (4) a modalidade de pesca em que Bruno pegou o surubim era permitida, porém, a partir de 00h01 desta segunda, a pesca foi proibida em todos os rios que cortam o estado.

É o início do período de defeso para a proteção da Piracema, época reprodutiva para a maioria das espécies de peixes das duas bacias do Estado (Paraná e Paraguai). Este período vai até o dia 28 de fevereiro de 2019, em todos os rios de MS.

Segundo a PMA, a partir desta segunda, a estratégia de fiscalização será modificada, já que não haverá pescadores nos rios, exceto aqueles que poderão praticar pesca de subsistência e científica, devidamente autorizadas. A fiscalização será mais intensa em pontos em que são vulneráveis à pesca predatória, como cachoeiras e corredeiras. Em alguns pontos, serão montados postos fixos com policiais 24 horas.

Nas regiões de fronteira, a fiscalização será feita com uma lancha em Corumbá, onde equipes vão revezar a cada 7 ou 10 dias na fiscalização preventiva e repressiva, especialmente na área de fronteira com o Paraguai e Bolívia, tanto no rio Paraguai, como no rio Apa e seus afluentes. Será também fiscalizada a região de divisa com o estado de Mato Grosso, pelo Rio São Lourenço e Piquiri além da área no entorno do Parque Nacional do Pantanal.

Por Jaqueline Naujorks , G1MS