Mato Grosso do Sul tem a maior taxa de divórcios do país. Segundo dados das Estatísticas do Registro Civil 2017, divulgadas nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador do estado no ano passado ficou em 3,58 para cada mil pessoas, bem acima dos 2,48 para cada mil do país.
A taxa de divórcios foi obtida pela divisão do número de divórcios registrados no estado no ano pelo número de habitantes, se multiplicando o resultado por 1.000. Na pesquisa, conforme o instituto, foram considerados os divórcios das pessoas de 20 anos ou mais de idade concedidos em primeira estância ou realizados por escrituras extrajudiciais.
O IBGE aponta que em 2017, foram registrados no estado 6.808 divórcios, sendo 51,35%, 3.496 casos, em Campo Grande. O instituto destaca ainda que no ano passado o O número de divórcios consensuais concedidos em 1ª instância ou por escritura aumentou 11,5% em Mato Grosso do Sul frente ao ano anterior.
A pesquisa revela ainda que além da quantidade de divórcios aumentar, a duração do casamento diminuiu no estado. Em 2007, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de 18 anos. Em 2017, houve uma diminuição da duração do casamento para 11,6 anos. Ou seja, em 10 anos a duração média do casamento em Mato Grosso do Sul diminuiu 6,4 anos.
Em uma avaliação mais detalhada dos casos, o IBGE revela que a maior parte dos divórcios registrados no estado, 44,17%, ocorreram em famílias que tinham filhos menores de idade. Outros 34,41% em famílias sem filhos, 14,30% em famílias que tinham somente filhos maiores de idade e em 7,11% com filhos maiores e menores de idade.
Na contramão das separações, o instituto identificou no levantamento que o estado teve no ano passada a 5ª maior taxa de casamentos do país. No Brasil, para cada 1.000 habitantes em idade de casar (com 15 anos ou mais), em média, 6,6 pessoas se uniram por meio união legal em 2017. Já em Mato Grosso do Sul, para cada 1.000 habitantes em idade de casar, 7,96 uniram-se por meio do casamento legal em 2017. A taxa registrada no estado foi superada apenas pela de: Rondônia, com 10,33; Acre, com 9,47; Distrito Federal, com 8,79 e São Paulo, com 8,09.
Apesar do aumento da taxa de nupcialidade, o número de casamentos registrados no estado diminuiu 4,6% em 2017.No entanto, o número de casamentos registrados entre cônjuges do mesmo sexo aumentou 10,4% com relação aos dados de 2016.
Nascimentos e mortes
As estatísticas de registro civil revelaram ainda que o estado em 2017 frente a 2016, apresentou um dos maiores aumentos no número de nascimentos registrados (6,3%), ficando atrás somente de Tocantins, que teve um aumento de 9%. A média nacional foi de 2,6%.
O IBGE destaca ainda que no ano passado, o estado contabilizou um 15.610 óbitos, sendo 14.246 mortes naturais e 1.358 mortes violentas.
A natureza da morte pode ser natural (devido a causas biológicas), não natural (devido a causas externas, tais como: acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios, homicídios, quedas acidentais etc.) ou ignorada.
Quase 83% das mortes violentas registradas em Mato Grosso do Sul ocorreram com pessoas do sexo masculino. Dentre esses casos, a faixa etária dos 15 a 29 anos foi a que teve os maiores números.
*G1 MS