Empresa responsável por construção de usina solar, em Paraíso das Águas, diz que pagamento dos direitos trabalhistas de ex-funcionários deve ocorrer nesta terça-feira (12). No dia 8 de março, um grupo de trabalhadores, que saíram do Piauí e Maranhão para trabalhar em Mato Grosso do Sul, denunciaram calote e abandono por parte da empresa Brasil Cabbo.
No dia em que a denúncia foi publicada pelo site Campo Grande News, a reportagem entrou em contato com o Brasil Cabbo, mas até o momento não houve nenhum retorno. Nesta segunda-feira (11), a empresa Helexia, que é responsável pelo empreendimento, detalhou o motivo da rescisão.
“A Helexia Brasil encerrou o contrato com a empresa Brasil Cabbo devido a problemas de não cumprimento de normas de saúde e segurança verificados durante inspeção realizada nas obras para instalação de usina fotovoltaica em Paraíso das Águas (MS)”, informou a nota.
Ainda foi dito pela Helexia que a empresa está em contato com a terceirizada para que os direitos trabalhistas sejam cumpridos. Também foi relatado que o valor referente a rescisão do contrato foi uniformizado entre as partes, dentro do prazo estipulado nas regras contratuais.
“Considerando a situação dos ex-funcionários da terceirizada, a Helexia Brasil está adiantando parcela de pagamento para que as obrigações trabalhistas sejam cumpridas pela Cabbo nesta terça-feira (12/03/2024)”, encerra a nota.
Relembre – Segundo os funcionários os salários não foram pagos e o prazo para pagamento dos valores rescisórios completou cinco dias de atraso na sexta-feira (8). Eles começaram a trabalhar no município entre a penúltima semana de janeiro e a primeira semana de fevereiro, e iriam ficar até o final das obras.
O restaurante que a Brasil Cabbo contratou para fornecer café da manhã, almoço e jantar aos trabalhadores também avisou que não poderá mais entregar as refeições porque o pagamento ao proprietário também está atrasado.
A usina é construída em uma área rural localizada entre Paraíso das Águas e Costa Rica. Fotos recentes enviadas pelos trabalhadores mostram que o terreno está pronto para receber as placas fotovoltaicas e que há bases metálicas já montadas.
Os trabalhadores ouvidos pela reportagem disseram que não procuraram órgãos de proteção ao trabalhador e não registraram boletim de ocorrência. Eles ainda esperavam um retorno da contratante.