Com um avanço maior nas regiões centro, norte e sul de Mato Grosso do Sul, a colheita da soja chega a 48,4% e atingiu 2,064 milhões de hectares até a data de 23 de fevereiro, conforme estimativas do Projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio). A região norte está com a colheita mais avançada, com média de 50,1%, enquanto a região sul está com 50,0% e a região centro com 42,6% de média.
Apesar do atraso na colheita da soja – que afetou a janela de semeadura do milho segunda safra – a porcentagem de área colhida na safra 2023/2024, encontra-se superior em 23,8 pontos percentuais em relação à safra 2022/2023, para a data de 23 de fevereiro.
A estimativa é que a safra seja 6,5% maior em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 4,265 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 54 sacas por hectare. A média de sacas por hectare está dentro do potencial produtivo das últimas 5 safras do Estado. A expectativa de produção é de 13,818 milhões de toneladas, menor que o ciclo anterior, que resultou em 15 milhões de toneladas.
Segundo o boletim do Siga-MS, divulgado na data de 27 de fevereiro, as expectativas iniciais de produção, produtividade e área cultivada no estado de Mato Grosso do Sul permanecem inalteradas, uma vez que estão levando em conta um cenário de instabilidade climática.
O volume de chuvas, especialmente no período que se estende do final de janeiro até o final de fevereiro, será o principal fator determinante da produtividade em todo o Estado.
Mercado em baixa
Segundo a Granos Corretora, o preço médio da saca de 60 quilos de soja em Mato Grosso do Sul registrou desvalorização de 0,87% entre os dias 19 a 26 de fevereiro e foi cotada ao valor médio nominal de R$ 98,14 no dia 26.
De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, a maior desvalorização no período ocorreu no município de Maracaju com desvalorização na ordem de 2%. O preço médio do período foi de R$ 99,74/sc. Ao comparar com igual período do ano anterior, houve queda nominal de 34,94%, quando a oleaginosa havia sido cotada, em média, a R$ 153,29/sc. Esse valor não significa que o produtor esteja realizando negociações neste preço, tendo em visto que a comercialização é gradativa.
Até 26 de fevereiro, o MS já havia comercializado 33,4% da safra 2023/24, um avanço de 2,3 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2023 para a safra 2022/23.