De acordo com a TF Agroeconômica, é possível que os preços do milho subam em um futuro próximo, tornando promissor não vender agora. “Assim como os da soja, os preços do milho irão voltar a subir no segundo semestre de 2024, com a disputa entre as indústrias locais e os exportadores”, comenta.
“Embora não seja um aumento muito grande, poderá voltara níveis próximos aos custos de produção(na B3 a cotação de janeiro já está a R$ 70,44/saca). A recomendação é não vender agora e, quem ainda não plantou, trocar de cultura. No Sul e Centro-Oeste, o trigo tem mais tendência de alta que o milho”, completa.
Os fatores de alta são as boas vendas de exportação norte-americana, os problemas na safra argentina e a colheita brasileira. “No Brasil, estados com forte produção de carnes tiveram forte redução de produção de milho,como é o caso do RS (-44,2%, segundo a Conab), Santa Catarina (-6,6%), Paraná (-11,7%), São Paulo(-15,3%)e MS (-17,3%) exigindo maior importação de outros estados ou até do exterior (a Conab aumentou a importação de milho nesta temporada, que deve ir principalmente para SC)”, indica.
Para a baixa se destacam a ampla oferta dos Estados Unidos, os estoques mundiais maiores, a posição dos fundos de investimento e os dados da produção brasileira. “No Brasil, os dados de Oferta e Demanda da Conab registraram aumento de 1,74 MT nos estoques finais de milho, que devem deixar as indústrias locais confortáveis por algum tempo, não exigindo grandes aumentos de preço, enquanto não aumenta a competição com os exportadores, que deverá acontecer no segundo semestre de 2024”, conclui.