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Menino de seis anos é internado após levar mais de 1.100 picadas de abelhas em MS

Menino de 6 anos precisou de atendimento de urgência após ser picado mais de 1.100 vezes por enxame de abelhas. Residente de Sidrolândia, o garoto chegou ao Hospital Regional em estado grave, precisou ser entubado e de hemodiálise, procedimento para ajuda do funcionamento dos rins. O caso aconteceu no dia 1º de dezembro. Nesta quarta-feira (11), a criança foi extubada.

Celio Samuel, de 33 anos, pai do menino, informou ao Campo Grande News que ele abriu os olhos e está se movimentando com dificuldade. “Ele está se recuperando bem graças ao bom Deus e tirou o tubo hoje. A família está agradecendo, orando, mas para honra e glória está muito melhor, reagindo, abrindo o olho, se movimentando com esforço. Desinchou muito. Deus fez o milagre na nossa vida”.

Célio preferiu não falar a dinâmica do acidente com o filho e informou que falaria após a melhora completa do garoto. Ele informou apenas que a criança mora na cidade com a avó e que tem guarda compartilhada com a mãe dele, que trabalha na região rural.

Sandro Benites, médico plantonista e coordenador clínico do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) ressaltou que os casos com abelhas estão mais frequentes e que mais de 100 picadas já são o suficiente para matar uma criança. Nos adultos, a quantidade precisa ser maior que 500 para levar a óbito.

“As abelhas hoje são bem mais comuns que as aranhas, quase alcançando os acidentes por serpentes. As abelhas-africanas são mais agressivas, mais territorialistas e atacam em maior número. Essa criança, graças ao atendimento imediato de Unidade de Atendimento Intensiva (UTI) e Ciatox, apesar do 1.100, ela sobreviveu. Passou por ventilação mecânica e hemodiálise”.

Como agir caso seja picado por enxame de abelhas ? – Segundo Sandro, não há nada que possa ser feito que não seja: correr do local imediatamente e ir até um hospital. No local será necessário doses cavalares de corticoide, hiperidratação feita com soro e uso de antialérgicos fortes.

“Não é pra correr em zigue- zague é correr em linha reta mesmo, ir para unidade de saúde mais próxima. Dependendo do caso, após ir para o hospital específico, porque a insuficiência do ruim é precoce nas primeiras três horas”.

Ele acrescenta que o paciente precisa de hemodiálise e que existe um inchaço enorme na face e pescoço que pode ser fatal. “Nessa hora ele entra em insuficiência respiratória porque o ar não passa pelo pescoço e traqueia. Então é preciso suporte avançado. A única coisa que pode ser feito é levar a pessoa até o hospital para ter ventilação mecânica, caso necessário”.

A reportagem perguntou ao Hospital Regional sobre o quadro clínico da criança, mas a instituição mantém o sigilo do prontuário médico e dos pacientes.

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