Desde 2011, as montadoras fizeram dezessete milhões de convocações para reparar ou substituir peças com defeito de fabricação. E mais de três milhões e setecentos mil (3.788.997) consumidores até hoje não foram conferir a situação.
Hoje, quase dois milhões (1.897.048) de veículos circulam com defeitos nos airbags.
➡️ São dispositivos feitos pela empresa japonesa Takata e que foram usados por 17 montadoras, entre 2001 e 2018. Eles têm uma falha que faz com que os airbags explodam e projetem fragmentos de peças.
Acidentes fatais
Foi o que aconteceu com a assistente social Marcela Gonçalves Feitosa de Melo, em Brasília. No dia primeiro de outubro, o carro dela acionou o airbag ao bater na traseira de um carro que parou numa faixa de pedestres. Esta semana, a polícia civil confirmou que um fragmento de cerca de dois centímetros de diâmetro se soltou do airbag, atravessou o pescoço dela e provocou a hemorragia fatal.
Em abril, a falha também causou as mortes de motoristas em Vila Velha, no Espírito Santo, e em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
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Recall é obrigatório
🚗 O aviso de recall fica em destaque no aplicativo CNH digital. Mas também é possível pesquisar pelo site do Senatran, com o número do chassi ou da placa do carro. O reparo é gratuito. Veja aqui.
Michele Andrade, especialista em trânsito, alerta que, além de colocar a sociedade em risco, não atender aos chamados de recalls deixa o motorista na irregularidade com os órgãos de trânsito.
“Se por acaso for pego em alguma fiscalização, ele pode ser multado e inclusive ter o veiculo apreendido. a situação de ter o veiculo em recall e não atender à solicitação configura uma infração gravíssima”, afirma.
