A Arauco utilizará tecnologia finlandesa da Valmet na fábrica de celulose que está construindo em Inocência. O conselho de administração da chilena aprovou a parceria para a concretização do chamado Projeto Sucuriú, em alusão ao rio que passa perto da área onde a fábrica está sendo edificada.
O investimento será de US$ 4,6 bilhões, o maior na história da multinacional, que já cultiva florestas de eucalipto no Estado para ter matéria prima.
A parceira europeia é referência em fornecimento de soluções de tecnologia, automação e serviços para o setor da celulose, segundo a empresa chilena. Ela fornecerá a linha de produção, com capacidade anual de produção de 3,5 milhões de toneladas de celulose. A Arauco informa que a estrutura terá como foco produzir com a máxima eficiência energética, redução de custos operacionais, desempenho otimizado e redução de volume de resíduos e emissão de gases de efeito estufa.
O diretor-presidente da companhia no Brasil, Carlos Altimiras, considerou a confirmação do nome da finlandesa como um passo determinante, diante da expertise e qualidade tecnológica dela. “É o maior projeto de produção de celulose do mundo implantado em etapa única, e nossa escolha reflete a busca da Arauco por parceiros que compartilhem da mesma visão em relação à inovação e práticas sustentáveis”.
O presidente e CEO da Valmet no País, Thomas Hinnerskov, apontou que as tecnologias e automação da fábrica serão uma vitrine para a empresa.
Até o governador do Estado comentou a parceria. “Será uma unidade moderna, que vai gerar empregos, oportunidades, desenvolvimento social e econômico. Mato Grosso do Sul estabeleceu uma estratégia de desenvolvimento sustentável baseado na atração de grandes investimentos e na geração de emprego, e a vinda desta operação reforça a confiança dos investidores em nosso Estado”, avaliou.
A fábrica- Na metade do ano, a empresa começou o trabalho de terraplanagem na área onde instalará a fábrica a partir do ano que vem, a cerca de 50 quilômetros do centro de Inocência, à margem da MS-377. O auge da obra deverá contar com 14 mil trabalhadores. O início de operação está previsto para o segundo semestre de 2027.
Entre o maquinário a ser instalado na fábrica constarão caldeiras para o processo de preparação da celulose e processamento dos resíduos e geração de energia, além de também maquinário para produzir biocombustível para movimentar fornos. A Arauco informa que utilizará a energia para seus processos produtivos e ainda disponibilizar o excedente ao sistema nacional, que será da ordem de 200 MW, capacidade para atender uma cidade de 800 mil habitantes.