De acordo com dados do projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), executado pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de MS), a área destinada ao milho na segunda safra de 2023/2024 tem expectativa de ser 5,8% menor em relação ao ciclo anterior, totalizando 2,2 milhões de hectares. A colheita alcançou 99,9% na região Norte, 94,2% na região Centro e 93,5% na região Sul do Estado. Na data de 23 de agosto de 2024, a área colhida acompanhada pelo Siga-MS alcançou 94,4% do total, com 2,094 milhões de hectares.
A produtividade estimada foi revisada para 69,77 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,2 milhões de toneladas. “O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 2023/2024. Esta condição adversa impactou uma área total de 819 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul”, reforça o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, em nota técnica divulgada pela associação de produtores.
A porcentagem de área colhida na 2ª safra 2023/2024, encontra-se superior 40,5 pontos percentuais em relação à 2ª safra 2022/2023, para a data de 23 de agosto. De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, a maior valorização, ocorreu no município de Sonora e Chapadão do Sul, com variações de 2,15% e 2,13% respectivamente. O valor médio para o período de 20 a 26 de agosto foi de R$ 48,69/sc, que representou valorização de 26,65% em relação ao valor médio de R$ 38,44/sc no mesmo período de 2023.
A região Nordeste do Estado é a que menos sofreu com os efeitos do clima, registrando 86% das lavouras em estado considerado “bom”. A região engloba Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas, Inocência, Água Clara, Paraíso das Águas e Figueirão. Também é a região que vem contabilizando os maiores índices de produtividade, chegando a 156,5 e 154 sacas por hectare em Selvíria e Alcinópolis, por exemplo.
Monitoramento dos cultivos de inverno
Nas primeiras semanas de agosto, a falta de chuvas e a elevação das amplitudes térmicas predominaram na maior parte do país, favorecendo a maturação e a colheita dos cultivos de segunda safra. Na região Sul, principal produtora de cereais de inverno, a condição de tempo estável, intercalada por períodos de pouca chuva, beneficiou os cultivos de inverno. Essa informação consta no Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A publicação aponta as condições agroclimáticas e de imagens de satélite atualizadas dos cultivos de verão/inverno da safra 2023/2024.
De acordo com o Boletim, na faixa Leste da região Nordeste, em partes da região Sul, e também dos estados de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, houve chuvas com baixos e médios volumes acumulados, que beneficiaram os cultivos de inverno e os de terceira safra.