A SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirmou o primeiro caso autóctone (com transmissão local) de Febre Oropouche em Mato Grosso do Sul. O paciente teve a doença no mês de abril e já está curado. Ele é um homem de 52 anos, residente em Itaporã, que teve o nome preservado
A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus, que foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente, nos estados da região amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
Os casos autóctones são aqueles que têm origem no local em que foi feito o diagnóstico. “A transmissão autóctone significa que o caso diagnosticado teve sua origem no mesmo local de residência do indivíduo. A doença não foi trazida por pessoas de fora como no caso anterior, está acontecendo na própria região”, explica Jéssica.
Transmissão e sintomas – A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por vetores. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do vetor por alguns dias. Quando esse pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
A doença tem dois ciclos. No silvestre, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal.
Os sintomas da Febre Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático, hidratação e acompanhamento da rede de saúde.
O Brasil tem observado um grande aumento do número de casos de Febre Oropouche. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, já são 7.653 casos em 2024 com dois óbitos relacionados a Oropouche. Em 2023, foram 831 casos.
Prevenção – A orientação é similar aos casos de dengue, que a população, ao observar os sintomas, procure por uma unidade de saúde. Não há tratamento específico disponível. As medidas de prevenção consistem em evitar áreas com a presença de maruins ou minimizar a exposição às picadas dos vetores, seja por meio de recursos de proteção individual (uso de roupas compridas e de sapatos fechados) ou coletiva (limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas). – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS