A Suzano concluiu, nesta quarta-feira (31), transação para aquisição de 70 mil hectares de terras em Mato Grosso do Sul, sendo 50 mil já com florestas de eucalipto formadas.
Trata-se de negociação feita em dezembro e encerrada agora, envolvendo a totalidade dos ativos Timber VII SPE e Timber XX SPE, empresas sob gestão do BTG Pactual Timberland Investment Group, por R$ 2,12 bilhões.
Um dos locais que um fundo sob gestão do BTG investiu no Estado foi em Camapuã, com a aquisição de 10 mil hectares para cultivo de eucalipto.
A Suzano fez um comunicado ao mercado, reiterando que a operação está alinhada à sua estratégia de criar “opcionalidade” nos negócios e ampliar a autossuficiência no suprimento de madeira.
Proximidade – A compra das áreas é estratégica para a empresa, considerando que ter florestas de eucalipto no entorno de fábricas reduz os custos e agiliza o transporte da matéria prima para produzir celulose.
A Suzano tem duas fábricas no Estado: uma em Três Lagoas e outra em Ribas do Rio Pardo, essa última inaugurada no mês passado e que promete ser a mais competitiva da companhia no mercado.
Ribas, em especial, tem uma zona rural enorme. Lá, a fabricante de celulose já aposta na utilização de áreas próprias e arrendadas, antes usadas pela pecuária e que estavam subutilizadas por conta da degradação das pastagens.
Enquanto a produção nas novas áreas não está plena, a entrega mais robusta de eucalipto virá de algumas florestas mais distantes, como em Sonora, município no extremo norte de Mato Grosso do Sul.
A expectativa é que a madeira passe a ser extraída e levada até a fábrica de Ribas do Rio Pardo de florestas localizadas a 65 quilômetros da unidade. É o menor raio de distância em comparação às demais linhas de produção da Suzano no Brasil e à concorrência. A média chega a se aproximar a 150 quilômetros, segundo informou anteriormente a empresa.