Após polêmicas, o tributo a João Carreiro finalmente chegou. Na noite desta quarta-feira (12), nomes nacionais e regionais se reuniram para gravação do DVD “Comitiva JC”. Emocionando artistas e fãs, os shows principais começaram às 21h30 e seguiram até de madrugada.
O primeiro momento foi composto por músicos escolhidos através de um concurso. Na lista, estavam Wellington Junior, Enivan Silva, Bruno e John, Crys Violeiro e João Luccas e Jefferson Viola.
Já no palco principal, a gravação do DVD foi integrada por Brenno Reis e Marco Viola, Pedro Paulo e Alex, Fiduma e Jeca, João Nelore e Texano, Bruno e Brutal, João Lucas e Walter Filho, Luis Goiano e Girsel da Viola, João Haroldo e Betinho, Fred e Fabricio, Us Agroboys e Davilson Ventura (o antigo capataz).
Toda a gravação foi composta por músicas inéditas de João Carreiro. Confira abaixo a lista completa:
- Sou Xucro – Us Agroboy
- Faixa Preta – João Lucas & Walter Filho e Luis Goiano & Girsel da Viola
- Amor Ingrato – João Haroldo & Betinho
- Levante a Cabeça – Chico Teixeira
- Amor Boiadeiro – Brenno Reis & Marco Viola
- Pula na Garupa – Pedro Paulo & Alex e Fiduma & Jeca
- Debaixo do Edredon – Fred & Fabricio
- Nega Véia – Bruno & Brutal e João Nelore & Texano
- Volta pro Meu Coração – Comitiva JC
Após o registro do DVD, a produção decidiu criar um show reproduzindo a última apresentação do sertanejo. Por ali, os artistas escolhidos foram João Lucas e Walter Filho, Bruno e Brutal, Brenno Reis e Marco Viola. A partir daí, a festa segue por toda a noite.
Fã antiga, Sandra Machado fez questão de assistir aos shows acompanhada de toda a família. A família saiu do Nova Lima e chegou cedo para garantir que todos ficariam pertinho do palco.
Eu sempre fui fã do João, aproveitei bastante os shows, fui no Estoril quando ele se apresentou lá. A gente ficou esperando a semana inteira e veio a família completa porque todo mundo gosta, explica Sandra.
Apesar das polêmicas que envolveram o evento de homenagem, quem é fã garante que o importante é manter as lembranças e boas ações relacionadas ao ídolo. “Eu gostei dessa oportunidade e da homenagem, não achei nada polêmico porque ele se foi muito cedo. Ninguém esperava, então a gente consegue homenagear e também aproveitar o que ele deixou”, diz.
Concordando com Sandra, Dejanira Dias relatou que o evento foi mais uma chance de mostrar o carinho por João. “Eu comecei a gostar de modão depois de mais velha e o João era incrível. Ele tinha um estilo dele. Aproveitei para ir nos shows dele em vida e, agora, quis vir também”.
E, concluindo o pensamento, ela defendeu que a moda de viola é uma das marcas dos sul-mato-grossenses. Por isso, nada mais justo que elevar o nome de quem se dedicou e continua se dedicando.
Além de quem só gostava de ouvir as músicas de João, o público também foi composto por aqueles que se inspiraram no sertanejo. Exemplo disso é o médico Denilson Colli.
O João foi uma inspiração para a minha carreira tanto que hoje eu sigo o estilo dele”, explica o cantor de sertanejo que também é mato-grossense. Há uma semana morando em Campo Grande, o homem se mudou para cá e seu desejo é seguir os passos de Carreiro.
Estátua também polêmica
Durante as últimas semanas, a polêmica sobre a Comitiva JC também envolveu a estátua de mais de 7 metros. Mas, assim como todo o evento, ela se manteve na programação.
Hoje, ainda sem a instalação fixa, ela integrou a gravação do DVD. Segundo o CLC, posteriormente, o monumento irá integrar uma praça criada pela arquiteta e urbanista Marcia Corrêa Ribeira.
E, para quem não soube da polêmica, o CLC precisou defender a viúva de João Carreiro, Francine Pereira, após Liliano Carreiro (que se apresentou como irmã do cantor) dizer a Léo Dias que a mulher não teve um relacionamento de três dias.
Ainda na entrevista, ela relatou que a família teria contestado a homenagem.
Confira a galeria de imagens:
Luto em janeiro
Após complicações durante uma cirurgia cardíaca, o sertanejo não resistiu e faleceu no Hospital do Coração em janeiro deste ano. Na época, ele havia comentado em suas redes sociais que precisava realizar procedimentos para corrigir um prolapso na válvula mitral, uma anomalia mais conhecida como “sopro”.
Tendo nascido em Cuiabá (MT), João Carreiro se mudou para Mato Grosso do Sul querendo se dedicar à sua carreira e ficou famoso com a música “O Bagulho é Louco, Mano”. Por aqui, escolheu viver em Sidrolândia e, por último, estava morando em condomínio fora da cidade.
Além dos shows por todo o Brasil, o músico havia gravado seu último projeto, chamado “No Quintal de Casa”.