Acontece neste final de semana na comunidade Santa Tereza, no município de Figueirão, a 113ª Festa do Divino Espirito Santo da Comunidade Quilombola.
A festa já faz parte do calendário cultural do estado, é tradicional e ao longo destes 113 anos, vem sendo realizada pelas famílias da localidade em especial a Família Malaquias, que mantem a tradição e , é Carregada de simbolismos, rituais e muita fé, assim é a Festa do Divino Espirito Santo.
O primeiro ritual começa como giro das bandeiras, onde uma comitiva composta de músicos guia, alferes de bandeira, salveiros, campeiro da tropa, percorrem cerca de 45 fazendas durante quinze dias, aonde em cada lugar que os foliões chegam há rezas, cantorias acompanhadas de instrumentos como a sanfona, violões, pandeiro, etc.
História do Início da festa
Domingos Malaquias, 84 anos, filho de Joaquim Malaquias da Silva, conta que tudo começou quando a segunda mulher de seu pai, dona Maria Francelina de Jesus fez uma promessa por conta de uma epidemia de Febre Amarela, “então ela dobrou o joelho no chão e pediu a proteção do Espirito Santo, por causa do Pentecostes. Se fizesse com que aquele remédio que ela inventasse desse resultado, ela rezaria até a quarta geração dela. E eu pelo meu pai ainda estou na primeira geração, enquanto existir Malaquias ela nunca vai acabar”, profetiza seu Domingos que começou a participar da festa em 1946.
Já seu Ereduzino Malaquias, 77 anos, irmão do seu Domingos e que juntos comandam o evento , diz que a comunidade participa ativamente, “todo mundo dá uma contribuição, todos cooperam, não custa nada pra ninguém, todo mundo colabora, tudo sobra”, diz ele que ainda conta que comanda a festa há 55 anos e diz que a fé mantém viva a tradição, “eu mesmo tive um problema o ano passado, me apeguei com o Divino Espirito Santo e hoje estou aqui firme e forte, graças a Luz Divina”, diz abençoado seu Ereduzino.
com informações da Secretaria de Cultura