As exportações do agronegócio brasileiro alcançam recorde histórico no primeiro trimestre de 2024, atingindo a marca impressionante de US$ 37,44 bilhões, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa). Esse resultado representa um aumento de quase 4,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
De acordo com os dados do Mapa, o destaque desse recorde reside na expansão da quantidade embarcada, que registrou um crescimento substancial de 14,6%, compensando a queda nos preços dos produtos, que diminuíram em 8,8%. Este feito consolida ainda mais a posição do Brasil como líder global no setor agrícola, evidenciando sua capacidade de suprir a demanda mundial por alimentos e commodities.
Entre os principais impulsionadores desse desempenho recorde, destacam-se as exportações robustas de açúcar, que apresentaram um incremento de US$ 2,52 bilhões, seguido pelo algodão, com um aumento de US$ 997,41 milhões, e o café verde, com um acréscimo de US$ 563,64 milhões. Esses resultados positivos conseguiram compensar as quedas nas exportações de milho, soja em grãos e óleo de soja. No entanto, apesar desse triunfo no acumulado do trimestre, as exportações de março de 2024 totalizaram US$ 14,21 bilhões, uma queda de 10,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse declínio pode ser atribuído à redução dos preços internacionais dos alimentos, que caíram 11,9% no período, apesar do aumento de 1,3% na quantidade exportada.
Os cinco principais setores exportadores em março foram: complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e café, representando juntos 83,4% do valor total exportado pelo Brasil no mês. Além disso, a China manteve-se como o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, mesmo com uma queda de 23,0%, demonstrando a importância contínua desse mercado para o setor.