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Pesquisa com microrganismos amplia alternativas para produção sustentável de soja no Brasil

Agora, pesquisadores da Esalq-USP testaram a combinação desses microrganismos com uma nova linhagem, o Bacillus thuringiensis RZ2MS9, isolado da rizosfera de guaranazeiro da Amazônia. Os resultados mostram aumento no crescimento da planta e na produção de vagens, além de menor dependência de fertilizantes químicos, como os à base de fósforo.

Segundo Leandro Fonseca de Souza, biólogo e pesquisador do Laboratório de Genética de Microrganismos da Esalq, o uso combinado desses bioinsumos não alterou de forma significativa a estrutura da comunidade microbiana nativa do solo. “Observamos que houve maior crescimento e produção de vagens nas plantas, sem que os microrganismos lançados no ambiente causem impacto negativo sobre a microbiota local”, destacou. A pesquisa também identificou que a coinoculação contribui para melhorar a assimilação do fósforo no solo, outro nutriente fundamental para o desenvolvimento das lavouras e frequentemente suplementado com adubos tradicionais.

A segurança ambiental da estratégia também se mostrou sólida: mesmo quando houve alterações pontuais na diversidade funcional do solo, os efeitos desapareceram ao final de um ciclo da soja, indicando baixa persistência e risco mínimo ao equilíbrio ecológico. A linhagem B. thuringiensis RZ2MS9 demonstrou ainda capacidade de produzir sideróforos, solubilizar fosfatos, fixar nitrogênio e estimular a produção de hormônios vegetais. Com esse avanço, o setor produtivo brasileiro, especialmente em polos agrícolas como Goiás, ganha uma aliada poderosa na busca por práticas mais sustentáveis e rentáveis, que integram produtividade, inovação e respeito ao meio ambiente.

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