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Desembargadores de MS afastados por suspeita de corrupção e venda de sentença voltam ao trabalho no TJMS

Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), investigados por suspeita de venda de sentenças no Judiciário sul-mato-grossense, retornaram ao trabalho nesta terça-feira (22). Os magistrados estavam afastados de suas funções desde outubro de 2024, como um dos desdobramentos da operação “Ultima Ratio”. A informação foi confirmada pela instituição.

O retorno ocorreu porque terminou na segunda-feira (21) o prazo de 180 dias de afastamento determinado para os magistrados: Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva.

A operação que determinou o afastamento dos magistrados foi deflagrada pela Polícia Federal, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em outubro de 2024. Dois dias depois, o processo subiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin.

A reportagem apurou que a decisão de afastamento não foi prorrogada pelo ministro Zanin.

Além dos magistrados, outros servidores do judiciário, um procurador de Justiça, empresários e advogados – alguns deles filhos dos desembargadores – são investigados por lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

‘Ultima Ratio’

 

Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul — Foto: TJMS/Divulgação
Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul — Foto: TJMS/Divulgação

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul foram afastados de suas funções, no dia 24 de outubro, em razão de uma investigação que apura corrupção e venda de sentenças. Entre os afastados, estava o presidente do TJMS, Sérgio Fernandes Martins.

Durante a operação, foram apreendidas diversas armas na casa de dois desembargadores. Além disso, foram encontrados mais de R$ 3 milhões em espécie. Somente na casa de um dos investigados, foram encontrados R$ 2,7 milhões. Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão:

  • lavagem de dinheiro;
  • extorsão;
  • falsificação

Dinheiro apreendido em operação que investiga venda de sentenças em MS. — Foto: Reprodução
Dinheiro apreendido em operação que investiga venda de sentenças em MS. — Foto: Reprodução

A operação, fruto de três anos de investigação da Polícia Federal, foi batizada de “Ultima Ratio“, um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

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