Nesta terça-feira (7), foi definida a sucessão na presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). Após um longo processo que envolveu uma série de conturbadas discussões e investigações sobre a gestão de Francisco Cezário, Estevão António Petrallas foi eleito presidente da entidade. Ele havia assumido o cargo interinamente após a cassação de Cezário, que foi alvo de denúncias de corrupção.
A Assembleia Geral Extraordinária que definiu o novo presidente foi realizada no Grand Park Hotel, em Campo Grande, com a presença dos filiados da FFMS. Seis candidatos estavam na disputa pela presidência: Américo Ferreira da Silva Neto, André Delgado Baird, Antonio Vieira Cesário da Cunha, Estevão António Petrallas, Marco Antônio de Araújo e Paulo Sérgio Teles.
Petrallas, que já vinha conduzindo a federação de forma interina desde a deposição de Cezário, conseguiu a preferência dos filiados, garantindo a eleição para o cargo de forma definitiva. O novo presidente, em sua fala após a vitória, destacou a importância deste momento para o futebol do estado e reafirmou seu compromisso com a transparência e o desenvolvimento da modalidade em Mato Grosso do Sul.
“A partir de agora, temos legitimidade e representatividade o futebol de MS. O futebol de MS, na sua íntegra, com transparência e compromisso com quem faz o futebol. Há 40 anos não acontecia um ato tão aberto e democrático como esse, e este é um orgulho para nós”, afirmou Estevão Petrallas, ressaltando a importância de um processo democrático e transparente na FFMS.
Ele também foi questionado sobre o início de sua trajetória na presidência da federação. “Eu inicio agora. Não me vejo aos 65 anos como um velho. Essa experiência tenho justamente porque experimentei o sal sem o gosto que tem. Esse é um compromisso que está feito. Começo do zero, com sangue e gás novos.”
Estevão Petrallas assumiu o cargo interinamente após a detenção de Cezário, por indicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e agora terá a chance de comandar definitivamente o futebol sul-mato-grossense. Sua eleição ocorre em um momento delicado para a FFMS, com a entidade ainda se recuperando dos impactos das investigações e das repercussões sobre a gestão anterior.
Eleição tinha 51 votantes aptos
A eleição para a presidência da FFMS teve um grande significado, não apenas pelo contexto de sucessão, mas também pelos números que envolvem o cargo. A presidência da federação estadual tem grande influência e, segundo informações de reportagem da Revista Piauí, pode resultar em salários mensais que chegam a R$ 215 mil. Esse dado reflete a importância estratégica e o poder dessa posição dentro da estrutura do futebol em Mato Grosso do Sul.
A convocação para a eleição, que seguiu as normas estabelecidas pelo estatuto da FFMS, foi formalizada com a publicação de um edital. A lista de 51 filiados aptos a votar foi disponibilizada no site da entidade. Cada um dos seis candidatos teve 15 minutos para apresentar suas propostas aos filiados, conforme estabelecido no edital de convocação.