CAMINHOS: Alguns homens procuram na iniciativa privada o meio para formar o seu patrimônio e assim garantir o futuro melhor. É a regra dominante. Uma vida de luta, de altos e baixos. Outros porém, optam pela política. Esses, às vezes desrespeitam o sinal, atravessam a ‘linha’ e acabam ‘atropelados’ gravemente pelos escândalos.
ESCÂNDALOS: Presentes aqui, na velha Europa, do Vaticano ao Palácio de Windsor, passando pelas nossas currutelas. Independentemente dos locais, os casos acabam absorvidos pela opinião pública conivente, ou pela justiça complacente, portadora de um estoque ‘formidável’ de interpretações jurisprudenciais questionáveis.
A REGRA: O político deve ter um bom contador. Cabe a ele a missão de justificar a evolução financeira. Famoso o caso do ex-governador Orestes Quércia, de São Paulo, alvo de suspeitas pelo Governo Militar quanto a origem de seu patrimônio formado no exercício dos mandatos. Aliás, muitos políticos se formaram na ‘escola’ de Quércia.
POSTURAS: Variam de acordo com cada político. Há os hipócritas que optam pela discrição: moradias e hábitos simples, carros populares. Existem também os que adoram ostentar na linha de novos ricos deslumbrados com as benesses do poder. Ainda é levada em conta na análise – a origem social deles. A maioria era humilde.
GOLPE: Manobras subterrâneas mostram que nem todos os políticos procuram servir à sociedade para o bem estar dela. Querem aferir vantagens/lucros/ilegais para pavimentar sua ascensão social. Questiona-se: como amealham tanta riqueza em tão pouco tempo em tempos difíceis? Como dizia o radialista Zé do Brejo: “quem souber favor avisar”.
DELÍRIO: Leio que o ex-senador Delcídio do Amaral tem planos para as eleições de 2026 e que está registrando suas memórias. Nada contra, mas ele precisa se conscientizar de que seu tempo exauriu por culpa exclusiva dele. Sem grupo e sem raízes, longe de ser comparado às figuras de Pedrossian, Lúdio e Wilson Martins.
PASSOU: O caso do carismático corumbaense mostra como a vida de um homem público pode ir do céu ao inferno num passe de mágica. Como se diz: da noite para o dia. No caso dele – de pouco valem os reflexos da decisão judicial favorável tardia. Não servem para lavar sua honra e recuperar a imagem e prestígio. Tarde demais.
JUNIOR MOCHI: “Pagamos pelo sonho que tivemos e vivemos o pesadelo que temos”. O desabafo do deputado retrata o drama dos usuários da BR-163 que nestes 11 anos foi palco de 480 mortes. No dia 7 de abril, audiência pública na Câmara de Campo Grande juntará as forças políticas para legitimar o pedido de socorro ao Ministério Público Federal. É tudo ou nada.
BALA DE PRATA: As eleições de 2026 estão no ar. Esse projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha entre 2 a 5 salários visa apenas seduzir essa fatia do eleitorado onde o Governo tem 57% de desaprovação. Mais uma estratégia eleitoral que deixará os congressistas da oposição de saia justa. Quem votará contra?
INDECISÕES: As lideranças políticas continuam com o exercício de interpretação do futuro cenário eleitoral, agora com o ‘complicador’ Bolsonaro junto ao STF. Pelas declarações de deputados estaduais, por exemplo, há mais dúvidas do que certezas. Cada qual fazendo suas contas dentro do partido e da possível futura federação.
DOIS ALVOS: Deputados federais garantem mais recursos financeiros aos partidos e federações. Aberta a luta pelas 8 vagas. Veja os votos de 2022: Pollon 103.111 votos; Beto Pereira 97.872 votos; Geraldo Resende 96.519 votos; Vander 76.571 votos; Camila 56.552 votos; Dagoberto 48.217 votos; Luiz Ovando 45.491 votos; Rodolfo Nogueira 41.773 votos. Quem ficará de fora?
JOGO DE XADREZ: Clima de suspense, de cautela quanto a formação dos futuros grupos políticos e respectivas lideranças. Quem ficará mais forte? O chamado centro ou o centro da direita (raiz) bolsonarista? Como será a convivência destes líderes neste próximo ano com eleições tão importantes? Não há bola de cristal para responder.
SUCESSÃO: Não é fácil passar o bastão para gente da família. O êxito vai depender de vários fatores. Pode se concretizar o projeto do deputado Geraldo Resende em lançar sua filha Barbara – advogada – candidata à Assembleia Legislativa. Neste caso ele tentaria o Senado, dando assim suporte a candidatura da filha. Interessante.
TRANQUILO: Confesso ter visto – desde a criação do Estado – apenas o governador Pedrossian gosando de uma zona de conforto, de tranquilidade e aprovação como ocorre com o governador Riedel. Sem oposição política e com a situação das finanças em dia, ele surfa bem, evitando polêmicas desgastantes e acidentes de percurso.
SOB CONTROLE: As relações com todos os poderes constituídos estão tranquilas. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, eu diria que o ambiente é acolhedor, de deputados parceiros, comprometidos com o projeto de governo. Mesmo com a proximidade das eleições não há possibilidade de alterações neste clima ameno.
GRAVE: Um desafio para nossos proprietários rurais da faixa de fronteira em 45 municípios: revalidar seus títulos sob pena dos imóveis serem incorporados à União. O prazo vence no dia 25 de outubro e o deputado Renato Câmara lidera movimento junto as prefeituras e sindicatos rurais. Não é difícil antever problemas de toda ordem.
DA ASSEMBLEIA: Deputada Mara Caseiro requer limpeza das margens das rodovisas MS 180 e MS 295. Deputado Junior Mochi lidera debate da concessão da BR-163. Audiência no dia 7 de abril na Câmara da capital. Deputado Gerson Claro apresentou projeto arquitetônico da Assembleia Legislativa, alvo de elogios e aprovação unânime. Deputado Zé Teixeira reivindica investimentos para Angélica e Rio Brilhante nas áreas da Educação, Cultura e Segurança Pública. Deputado Hashioka e o prefeito de Ivinhema solicitam melhorias na BR-376. Deputado Paulo Duarte quer a conversão de multas de trânsito leves e médias em advertência por escrito. Deputado Rinaldo Modesto, fez a entrega do título de cidadania à reitora Camila Itavo, da Universidade Federal de MS. Deputado Lídio Lopes propõe isenção de IPVA aos veículos de aplicativos. Deputado Caravina tem PL limitando em 45% os descontos na folha dos servidores estaduais para consignados. Deputados Marcio Fernandes e Neno Razuk recebendo novas adesões ao Projeto sobre a pesca do Dourado. Deputada Lia Nogueira, protagonista nas causas em defesa das mulheres, da saúde de Dourados e na educação. Deputado Pedrossian Filho, sempre presente nos embates envolvendo entidades que prestam serviços à comunidade de Campo Grande. Deputado Antonio Vaz, tem PL reservando 10 por cento das vagas de estágios da administração estadual aos deficientes físicos. PL de grande alcance social.
RISCO CRUEL: Se a lei contra os estrangeiros tiver efeito retroativo, os índios vão acabar ficando com tudo. (Millôr)