A perícia concluiu que Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi queimada ainda viva em um poço no bairro Aero Rancho. O laudo também aponta que o corpo da vítima foi encontrado até 12 horas após a morte. O sexto feminicídio do ano ocorreu em 1º de março.
O documento do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) foi finalizado um dia após Giseli ter sido assassinada pelo namorado. No entanto, o Campo Grande News teve acesso ao laudo nesta sexta-feira (21).
Conforme o relatório, a vítima apresentava hematomas na cabeça, indicando que foi agredida antes de ser queimada. No entanto, os ferimentos estavam entre o couro cabeludo e o crânio, eram de pequena extensão e não foram a causa da morte.
Segundo a perícia, as lesões vitais que contribuíram para a morte foram causadas pelo fogo. Exames internos e externos indicaram sinais de asfixia, levando à conclusão de que a vítima morreu por “carbonização por ação térmica – queimadura direta”.
“A rigidez cadavérica nos membros e em desfazimento na cervical, além da ausência de mancha verde abdominal, permitem afirmar que a morte ocorreu em período superior a 12 horas e inferior a 24 horas antes do início do exame necroscópico”, finaliza o laudo.
Sexto feminicídio – Giseli é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul, neste ano. Vizinhos relataram ouvir gritos vindos da casa do casal e depois, Jeferson Nunes Ramos seria aberto parte de poço desativado no quintal para jogar o cadáver e incendiá-lo.
O caso ocorreu em uma residência na Rua Filipinas, e o namorado da vítima foi preso logo após o crime.