A colheita da soja no Mato Grosso do Sul alcançou 67,5% da área total até 7 de março, segundo dados do Projeto SIGA-MS, controlado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja). A região sul registra o maior avanço, com 71,8%, seguida pelo centro, com 64,4%, e pelo norte, com 54,9%. A área colhida soma cerca de 3 milhões de hectares.
A estiagem, de acordo com o projeto, afetou aproximadamente 2,1 milhões de hectares, sobretudo lavouras plantadas entre setembro e outubro. Entre dezembro e janeiro, a redução das chuvas impactou o enchimento de grãos, etapa crucial para a produtividade.
Nos últimos sete dias, as chuvas variaram entre 0 e 69,4 milímetros, ocorrendo de forma irregular. Segundo Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja, “[…] isso tem permitido que lavouras em boas e regulares condições finalizem seu ciclo”.
As regiões norte, nordeste e oeste apresentam lavouras com até 90% em boas condições. No sudeste, centro, sudoeste, sul-fronteira e sul, as condições ruins chegam a 48,1%, refletindo o impacto do clima adverso.
A colheita está 2,2 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos. No ciclo anterior, a seca e as altas temperaturas aceleraram o fechamento do ciclo da soja, permitindo uma colheita antecipada.
A previsão para os próximos dias indica sol e variação de nebulosidade, com possibilidade de chuvas fracas a moderadas devido à passagem de uma frente fria oceânica e áreas de baixa pressão. As temperaturas máximas devem diminuir ao longo da semana.