Jeferson Nunes Ramos, preso pelo feminicídio da namorada, Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, continuará atrás das grades. A decisão da Justiça foi durante audiência de custódia nesta segunda-feira – sessão que verifica se a prisão foi legal e decide se a pessoa deve ser solta ou permanecer custodiada.
O crime aconteceu no sábado (1º), na casa de Jeferson, localizada na Rua Filipinas, no Aero Rancho. De sexta-feira para sábado, uma vizinha ouviu o casal brigando, mas como eram “normais” tais discussões, a vizinha não deu muita atenção. No dia seguinte, eles não foram vistos na residência.
À tarde, os vizinhos viram a movimentação da polícia na casa. “Foi uma surpresa quando vi ele amarrado pelos parentes dele. Ele gritava, não fui, não fui eu”, contou a vizinha.
Sobrinhos do autor que estavam no local disseram à polícia que Jeferson confessou a agressão, desencadeada após uma discussão com Giseli, que teria o agredido com três tapas no rosto. Em resposta, ele jogou uma pedra na cabeça da vítima. Desacordada, a mulher foi colocada em uma espécie de poço desativado e teve o corpo queimado.
A dinâmica dos fatos subsequentes, assim como o combustível usado para criar as chamas não foram revelados pela polícia. Os dois eram namorados, não tinham filhos juntos e possuíam histórico de uso de drogas.
Laudo necroscópico será fundamental para esclarecer se Giseli Cristina Oliskowiski estava viva ou morta quando foi queimada dentro de um poço pelo namorado, Jeferson Nunes Ramos.
O corpo de Giseli foi encontrado carbonizado em um poço nos fundos da residência. A vítima foi agredida pelo homem com pedradas na cabeça antes de ter o corpo incendiado.
Conforme a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), responsável pelo caso, Analu Ferraz, a polícia ainda apura as circunstâncias exatas do crime, enquanto aguarda os resultados da necropsia que devem confirmar a situação da vítima no momento do ataque.
“Só o exame necroscópico vai dizer. Estamos aguardando o resultado se existia fuligem nas vias aéreas dela, após o exame vamos ter como precisar o modus operandi e também materializar as qualificadoras”, explicou.

Sexto feminicídio – Giseli é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul, neste ano. Vizinhos relataram ouvir gritos vindos da casa do casal e depois, o suspeito teria aberto parte de poço desativado no quintal para jogar o cadáver e incendiá-lo.