Mais dois corpos foram encontrados enterrados em uma área de mata na região da Vila Goulart, próxima ao Rio Vermelho, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, nesta quarta-feira (19). Cinco corpos foram encontrados na segunda-feira (17) e outros três foram encontrados na última semana, totalizando 10 vítimas.
De acordo com a Polícia Civil, a hipótese é de que as vítimas tenham sido mortas por uma facção criminosa. O estado de decomposição dificulta a identificação dos corpos.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) identificou, dois corpos dos 10 encontrados enterrados. O primeiro corpo a ser identificado foi o de Luiz Otávio de Souza, de 25 anos, natural de Rondonópolis.
A segunda vítima foi identificada nesta quinta-feira (20), como Carla Bruna da Silva Lima, de 35 anos, natural de Lago da Pedra (MA). O corpo precisou ser encaminhado para a capital, onde passou por escaneamento corporal em um sistema de raio-x digital específico durante o exame de necropsia.
Devido ao avançado estado de decomposição, oito corpos foram encaminhados para Cuiabá para a realização de exames de DNA. A identificação será realizada por meio do cruzamento de dados com amostras de familiares de pessoas desaparecidas constantes no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).
A Politec orienta aos familiares de pessoas desaparecidas em Rondonópolis e região para que compareçam em uma das unidades de Medicina Legal do Estado para a coleta de material genético para o confronto genético com as amostras biológicas das vítimas encontradas.
Entenda o caso
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Conforme a Delegacia de Homicídios do município, alguns dos corpos tinham os pés e as mãos amarrados. Calçados e roupas também foram localizados próximos às vítimas.
As equipes chegaram ao local enquanto procuravam por um homem identificado como Policarpo Pereira Alves, de 38 anos, desaparecido desde o dia 13 de dezembro do ano passado. Um cão farejador do Corpo de Bombeiros auxiliou nas buscas.
Uma equipe da Politec também esteve no local e os corpos encontrados foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de necropsia, além da causa e período em que as vítimas foram mortas.