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Federação garante que soja barrada na China não impacta setor em MS

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) defende que o caso de contaminação de soja, detectado na alfândega da China, não vai atingir a economia do setor por aqui. No começo da semana, foram detectados resíduos de agrotóxicos e pragas quarentenárias nos carregamentos de cinco empresas brasileiras, três delas atuam em MS.

O Estado tem uma produção de soja estimada pelo SIGA (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) de quase R$ 14 milhões de toneladas, representando 8,9% da produção nacional. Ao site Campo Grande News, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, disse que o uso de defensivos agrícolas na agricultura brasileira passa por processos extremamente rigorosos.

“Isso garante que a nossa produção seja sustentável e segura, dando acesso a mercados de centenas de países. As empresas notificadas têm atuação nacional e global, sendo três delas com atuação no Mato Grosso do Sul, sendo muito provavelmente não haverá impacto para o Brasil e MS”, argumenta.

Além disso, Marcelo reforça que o tema está sendo tratado com naturalidade, uma vez que não conformidades são passíveis de acontecer na rotina das exportações, e ações para correção são sempre importantes para o fortalecimento das relações de confiança entre os países.

O Campo Grande News também questionou a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), mas o grupo não vai se manifestar sobre o caso. O Sindicato Rural de Maracaju, maior produtor do grão do Estado, também não retornou as tentativas de entrevista até esta publicação.

Entenda – Conforme apurado pela Forbes, as empresas com escritórios no Estado são a C. Vale Cooperativa, ADM Brasil e Cargill Agrícola – essa tem cerca de 11 escritórios aqui, incluindo um silo em São Gabriel do Oeste e núcleo administrativo no município de Três Lagoas. Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), as empresas envolvidas estão preparando planos de ação para corrigir os problemas e evitar que aconteçam novamente.

As pragas quarentenárias da soja, segundo a Embrapa, são aquelas que têm importância econômica potencial para áreas onde ainda não estejam presentes, ou, quando instaladas, não estão amplamente distribuídas e estão sob controle oficial.

Essa simples presença de organismos vivos (animal, vegetal ou microrganismos) em determinado local pode comprometer a comercialização de produtos, por danificar ou destruir cultivos, plantações e colheitas, e ser um empecilho às exportações.

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