Segundo dados da TF Agroeconômica, as cotações dos principais contratos de milho na B3 encerraram a segunda-feira em baixa, devido a fatores como a recente valorização do dólar, que atingiu uma máxima de R$ 5,839 antes de fechar em R$ 5,783 (-1,48%). No cenário internacional, a Bolsa de Chicago registrou uma leve alta, com o contrato de dezembro/24 subindo 2 pontos e encerrando a US$ 4,16 por bushel. A previsão de tempestades para estados brasileiros como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e sudoeste de Minas Gerais intensificou a atenção sobre as condições climáticas, e o Inmet emitiu alerta laranja para a região.
Na B3, os preços futuros do milho mostraram retrações pontuais. O contrato de novembro/24 encerrou o dia cotado a R$ 72,86, com queda de R$ 0,13 no dia, mas acumulando alta de R$ 0,58 na semana. O vencimento para janeiro/25 caiu R$ 0,31 no dia, fechando a R$ 76,42, enquanto o contrato de março/25 encerrou a R$ 77,16, uma leve queda de R$ 0,01 no dia, mas com ganho semanal de R$ 1,31.
Esses movimentos refletem as incertezas climáticas e cambiais que têm impactado o mercado. Além disso, a previsão de chuvas em regiões produtoras afastou parte das preocupações de curto prazo dos produtores, amenizando riscos de impacto negativo nas lavouras. No entanto, a expectativa de tempestades severas ainda traz cautela, com a possibilidade de danos em áreas específicas caso as previsões se concretizem. O dólar mais fraco contribuiu para a competitividade do milho brasileiro no mercado externo, mesmo com as variações na Bolsa de Chicago, onde as cotações indicam um cenário global relativamente estável para o grão.
Agrolink – Leonardo Gottems