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Acusado de sequestrar, torturar e matar jovens em Costa Rica é condenado a 54 anos de prisão

Após um julgamento de 10 horas, o réu Caio Dias foi condenado a 54 anos de prisão nesta quinta-feira (31) na Comarca de Costa Rica por dois homicídios qualificados, duas tentativas de homicídio e corrupção de adolescente.

A decisão foi proferida pelo juiz Dr. Francisco Soliman, enquanto L. dos S. P., também acusado, foi absolvido de todas as acusações por falta de provas que comprovassem sua participação nos crimes.

Esteve acompanhando o júri, o Promotor de Justiça Dr. Guilherme Pereira Diniz Penna; a Defensora Pública de Cassilândia, Dra. Thais Soares Vieira Ferreti; a Defensora Pública de Costa Rica, Dra. Juliana Borher Valadares e os jurados.

Caio Dias confessou sua participação nos crimes cometidos há dois anos, em 12 de maio de 2022, quando Djone Mendonça, de 22 anos, e Gabriel da Silva Souza, de 19 anos, foram sequestrados, torturados e assassinados na zona rural de Costa Rica. 

Dois outros jovens de 21 anos também foram vítimas do ataque, mas sobreviveram. Um deles, contudo, ficou paraplégico.

A polícia relatou que os jovens foram rendidos em uma casa no centro da cidade e levados encapuzados para a Ponte do Córrego Cascavel, na rodovia MS-223, há 15 quilômetros da cidade, onde foram brutalmente agredidos.

Durante a investigação, ficou evidente que o ataque foi motivado por vingança. Os acusados alegaram que agiam em “justiça” por um suposto crime que, segundo as autoridades, nunca foi comprovado.

Djone Mendonça foi encontrado morto com ferimentos de tiros no pescoço e nas costas, além de cortes no queixo. Gabriel da Silva Souza também foi alvejado e morto no local.

Os julgamentos de Caio Dias e L. dos S. P. é o segundo no caso. Em dezembro de 2023, outro acusado, Ruan William Gonzaga, foi condenado a 66 anos e 7 meses de prisão por crimes de quádruplo homicídio, dos quais dois foram consumados e dois tentados.

Ainda há um quarto envolvido, atualmente foragido, denunciado pelo Ministério Público. Um adolescente também esteve envolvido no crime, mas foi considerado vítima no processo.

Após o veredito, Dr. Francisco Soliman comentou a repercussão do caso e a complexidade do julgamento. “Foi um caso que gerou muita repercussão devido à brutalidade e à quantidade de vítimas. Hoje, com a condenação de Caio Dias e a absolvição de L. dos S. P., pudemos estabelecer uma resposta conforme as provas apresentadas”, disse o juiz.

Thais Soares Vieira Ferreti, defensora pública de Cassilândia que representou L. dos S. P., celebrou a decisão. “A justiça foi feita. Lucas foi absolvido porque não estava presente nos momentos dos crimes. Ele estava com a família na ExpoRica e, no dia seguinte, foi para Chapadão do Sul com sua namorada”.

Caio Dias está preso desde o início do processo. Ele seguirá cumprindo sua pena em regime fechado. L. dos S. P., que também estava detido, será posto em liberdade nesta sexta-feira (1º).

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