A cidade de menor população de Mato Grosso do Sul, Figueirão, localizada na região do Alto Taquari, comemora 21 anos de emancipação política neste domingo (29). Situada a 258 km de Campo Grande, Figueirão foi desmembrada em 2003, com áreas que anteriormente pertenciam aos municípios de Camapuã e Costa Rica. Atualmente, segundo o IBGE, conta com 3.539 habitantes, sendo a cidade menos populosa do estado.
A história de Figueirão remonta ao início do século 20, quando a região era habitada pelos Caiapós e começou a ser colonizada por famílias vindas de Goiás e Minas Gerais. O desenvolvimento da comunidade iniciou com a chegada de pioneiros que desbravaram a região, e uma das primeiras estruturas erguidas foi a Escola Rural Mista de Figueirão, inaugurada em 1950. A partir daí, a comunidade se expandiu com a construção de ranchos, comércios e até um destacamento da Polícia Militar.
O nome da cidade é uma homenagem a uma grande figueira localizada na travessia do Córrego Figueirão, conhecida na época como “Vau da Jesuína”. Essa árvore, que servia de ponto de passagem para animais e pessoas, se tornou um marco importante para a comunidade e foi declarada símbolo cultural do município em 2012.
Figueirão também faz parte da história da Coluna Prestes, que passou pela região em 1925 e 1926, estacionando suas tropas nas margens do Córrego Figueirão.
A emancipação oficial de Figueirão ocorreu em 2003, quando, através da Lei Estadual n.º 2680, o então governador José Orcírio Miranda dos Santos desmembrou o município de Camapuã, realizando o sonho de autonomia da população local. Desde então, a cidade tem se destacado como um centro agrícola e pecuarista, com ênfase na produção de gado de corte e leiteiro, cujos produtos são escoados pelas rodovias MS-436 e MS-223.
Com uma área territorial de 4.914,78 km², Figueirão faz divisa com municípios como São Gabriel D’Oeste, Costa Rica, Alcinópolis, Coxim e Camapuã. Apesar de seu vasto território, a cidade preserva um clima tranquilo, típico do interior, enquanto continua a crescer e se modernizar, sempre valorizando sua rica herança cultural.
Curiosamente, os habitantes de Figueirão são chamados de “figueirãoenses”. Embora o gentílico seja difícil de pronunciar, a cidade é fácil de se viver, equilibrando tradição e progresso, com uma história rica e um futuro promissor pela frente.
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