As organizações que lutam pelos direitos dos povos originários informaram que homens armados em caminhonetes atiraram contra indígenas da etnia Guarani e Kaiowá. O local era protegido por agentes da Força Nacional, que deixaram o território.
“A Força Nacional simplesmente se retirou do local e deixou as comunidades totalmente desprotegidas ao ataque dos capangas e ruralistas”, denunciou a Apib nas redes sociais.
Conforme informações do Cimi, dois indígenas estão em estado greve, e outros seis feridos foram encaminhados para o Hospital da Vida. Depois do conflito, a Força Nacional teria voltado para o território.
“Queremos saber a razão de a Força Nacional ter saído daqui. Os agentes saíram, e o ataque aconteceu. Parece que foi combinado. Queremos entender”, afirmou um indígena Guarani e Kaiowá.
O caso também foi denunciado pela deputada federal Célia Xakriabá (PSol-MG) nas redes sociais. “Nosso mandato recebeu informações de que milicianos ruralistas e seus capangas estão atacando violentamente as retomadas Guarani e Kaiowá, Kurupa Yty e Pikyxyin neste momento, no MS!”, escreveu a parlamentar.
O Ministério dos Povos Indígenas condenou o ataque à comunidade indígena. “Vale ressaltar que as retomadas estão sendo realizadas em território já delimitado pela Funai em 2011. O documento segue válido, porém o andamento do procedimento demarcatório se encontra suspenso por ordem judicial”.
O órgão destacou que uma equipe do ministério, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Ministério Público estão no território para prestar o auxílio necessário aos indígenas.