A volatilidade tem sido uma marca bastante evidente do mercado da soja nesta semana, com os futuros se ajustando antes da chegada dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que acontece neste 12 de setembro. Assim, parte do que perderam ontem, os futuros da soja recuperam na manhã desta quarta-feira (11) na Bolsa de Chicago. Perto de 6h35 (horário de Brasília), as cotações subiam mais de 10 pontos, trazendo o novembro de volta aos US$ 10,06 e o março – referência importante para a nova safra brasileira – a US$ 10,39 por bushel.
Ao passo em que segue se ajustando, a movimentação dos derivados – que também tem estado bastante volátil – é mais um ponto de apoio aos preços do grão. Na manhã desta quarta, os futuros do óleo subiam mais de 1%, os do farelo quase 1%, ambos ajudando a puxar a soja em grão.
Analistas e consultores de mercado seguem atribuindo os ganhos ao clima seco nos EUA, ao tempo muito quente e seco também no Brasil – atrasando o início do plantio em algumas localidades – e à demanda mais presente nos EUA. No entanto, como explicou ontem a Agrinvest Commodities, a oleaginosa americana começa a ficar mais cara para os compradores, em especial a China.
“As ofertas no Golfo e no PNW subiram muito e muito rápido. Os chineses começam a comentar que não há margem para essa alta. Os prêmios em ambas as localidades subiram mais de 25 centavos por bushel em relação às mínimas”, explica a consultoria. “Os prêmios no Brasil para a safra velha também subiram, acompanhando os negócios nos EUA”.
Amanhã, o USDA também atualiza as vendas semanais para exportação, número que vêm sendo acompanhados bem de perto pelos mercados.