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Sul-matogrossense Yeltsin Jacques bate recorde mundial e conquista ouro nas Paralímpiadas de Paris

O campo-grandense Yeltsin Jacques quebrou o recorde mundial e conquistou medalha de ouro, nesta terça-feira (3), nos 1500m da classe T11 (atletas com deficiência visual) nos Jogos Paralímpicos de Paris.

Confirmando o favoritismo na competição, Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que era dele mesmo, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 3min57s60.

“Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s, ou 3min54s, veio com 3min55s. Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados”, disse Yeltsin ao Comitê Paralímpico Brasileiro.

O sul-mato-grossense soma a quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Ele ganhou o bronze em Paris nos 5000m, prova em que Júlio Agripino foi o ouro.

Yeltsin nasceu com baixa visão, conheceu o atletismo ajudando um amigo, totalmente cego, a correr. Então, começou a treinar junto com ele para competir e iniciou sua carreira nos Jogos Paralímpicos Escolares em 2007.

Dobradinha brasileira

O outro brasileiro na prova, o paulista Júlio César Agripino, 33, terminou na terceira posição e ficou com o bronze. Júlio completou o percurso em 4min04s03. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.

Ainda conforme o comitê, Yeltsin foi bronze nos 5000m da classe T11 e o compatriota Júlio César Agripino foi ouro, também quebrando o recorde mundial, nos 1500m a situação acabou invertida com ouro e recorde de Yeltsin e o bronze com Júlio.

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