Menina de um ano, residente em Coxim, é única diagnosticada; Estado tem mais 16 suspeitas–
Mato Grosso do Sul registrou o primeiro caso de coqueluche em 2024. O diagnóstico é de uma menina de um ano, residente em Coxim, município a 253 quilômetros da Capital sul-mato-grossense. A confirmação foi computada no sistema da Ses (Secretaria Estadual de Saúde) no dia 23 de agosto. Além dela, há 16 casos sob suspeita da infecção respiratória aguda. Popularmente conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche atinge a traqueia e os brônquios.
A doença é mais comum em bebês e têm aumentado em diversos estados do país. Nesta segunda-feira (2), a secretaria liberou, temporariamente, até 30 de setembro, a vacina hexavalente acelular para o grupo de bebês prematuros, que têm menos de 35 semanas, (34 semanas e 6 dias) e pesam até 1,5 kg. O outro grupo em que a vacina está liberada é para dos filhos de mães que vivem com HIV, sejam os já infectados ou os expostos.
A secretaria ressalta que a vacina não tem relação com o surto de coqueluche em São Paulo. “O componente pertussis que protege contra coqueluche está presente tanto na hexa-acelular, quanto na pentavalente que é disponibilizada na rotina e não temos falta dela. A questão é que essa vacina hexa-acelular é menos reatogênica e é indicada para um grupo mais seleto que tem alguma condição específica e neste momento ampliamos para não perder as doses”.
Em 2023 foram registrados 34 casos suspeitos de coqueluche em Mato Grosso do Sul e 5 confirmados. Dois em Água Clara, um em Corumbá, um em Inocência e o último em Sidrolândia.
No ano anterior, 2022 foram 21 casos, mas nenhum confirmado. O mesmo aconteceu no ano de 2021, quando o Estado teve 19 casos suspeitos e nenhum confirmado. O cenário só muda em 2020, com 16 casos sob suspeita e 4 confirmados, sendo dois em Campo Grande, um em Dourados e um em Iguatemi.
Coqueluche – Conforme o Ministério da Saúde, os sintomas podem se manifestar em três níveis. O mais leve é semelhante a um quadro de resfriado. Os principais sinais da doença são mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa.
Na fase mais agudas, a tosse passa a ser severa e começa a comprometer a respiração. Ela também pode provocar vômito ou cansaço extremo. A prevenção para a doença é a vacinação pentavalente, que previne contra a difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B e DTP. –
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