Na tarde desta segunda-feira (05), a Polícia Civil de Chapadão do Sul, juntamente com o Ministério Público, e os advogados de defesa de Juscilene da Silva Gomes autora confessa do assassinato de Leonardo Carneiro de Lima, o “Léo da Lojinha”, realizou a reconstituição do crime, ocorrido no último sábado (03), na residência da vítima.
De acordo com a delegada Bianca Martins, como ela não foi conduzida de forma coercitiva para a delegacia não havia elementos para a prisão em flagrante. No entanto, a responsável pela investigação representou pela preventiva que foi negada pelo Poder Judiciário e a mulher, por hora, ficará em monitoramento eletrônico.
Em coletiva de imprensa no final da tarde de segunda-feira (5), a delegada contou que em depoimento Juscilene contou que agiu sozinha e não lembrava de alguns fatos do crime. À polícia, a mulher afirmou que tinha uma relação conturbada com a vítima e chegou a pedir medida protetiva.
“Houve uma decisão judicial e ela ficou com a parte debaixo do imóvel, onde ficava a loja e ele com a parte de cima, onde morava. No entanto, apesar da medida protetiva, eles continuavam convivendo normalmente e ele frequentava os ambientes em que ela estava com o consentimento dela, por isso não há uma quebra de medida”, pontuou Bianca.
À imprensa, a responsável pela investigação explicou que o laudo necroscópico ainda não saiu, mas a médica legista adiantou que Leonardo morreu estrangulado e não asfixiado. Juscilene usou um fio de internet e depois que a vítima estava em óbito, simulou o suicídio amarrando o cabo no pendente da porta.
“Fizemos a reconstituição simulada, que é muito importante para o esclarecimento dos fatos, mas ela disse que não se lembrava de algumas coisas. O que ficou constatado até o momento é que houve um homicídio e depois a simulação de suicídio. Encontramos ele sentado com o fio no pescoço e amarrado no pendente da porta”, disse a delegada.
Ainda na coletiva, a delegada detalhou que ainda não há elementos que apontem para ocultação de cadáver. De acordo com Bianca, houve um abandono da vítima e ela agora continuará investigando o caso para que o inquérito tenha elementos mais robusto para um novo pedido de prisão preventiva.
“Apreendemos o celular dela, vamos investigar se houve premeditação. Ela nega que tenham outras pessoas envolvidas, mas o envolvimento não é só ali na hora do crime. Queremos saber se ela conversou com alguém sobre o crime antes, se ela realmente planejou. Ela alega que houve uma luta corporal entre os dois antes e depois que ela o matou, foi embora”, finalizou a delegada.
Juiz negou prisão preventiva
Ao se perguntada sobre o por quê da autora confessa não ter ficada presa, já que se apresentou antes das 24 horas e ter passagens pela polícia, onde ela é acusada até mesmo de desferir um facada em um motorista de aplicativo e agressões, a delegada afirmou que ela fez o pedido da previsão, mas o poder judiciário por razões de fatos e direito por ele apresentado, o magistrado recusou e manteve ela em liberdade, determinando que ela passa a usar a “tornozeleira eletrônica”, devendo a mesma se apresentar ao presidio de Cassilândia nessa terça-feira para que seja colocada.
Relembre o caso
O comerciante de Chapadão do Sul “Léo da Loja” de 60 anos foi assassinado pela sua Ex-esposa Jú no último sábado (03), ele foi estrangulado e a autora acompanhada dos advogados procurou a delegacia de polícia no dia seguinte, para comunicar o crime e confessar a autoria.
Após estrangular a vítima, a mulher colocou o corpo em uma cadeira e enrolou um fio em seu pescoço, tentado simular que a vítima teria cometido um suicídio.
O corpo da vítima foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Costa Rica, e sepultado na manhã desta terça-feira (06) em no Cemitério Municipal de Chapadão do Sul.
*O Correio News Com informações de Campo Grande News (Ana Paula Chuva)