Nesta manhã de quinta-feira, que dá início ao mês de agosto, a soja está em queda na CBOT. A única posição em estabilidade é o contrato do próprio mês, que é negociado a US$ 10,28, ou seja, 0,25 ponto acima do fechamento anterior. O setembro é negociado a US$ 10,11, queda de 2,75 pontos, o novembro está cotado a US$ 10,20, com 2 pontos negativos e o janeiro 25 está em US$ 10,37, redução de 2,50 pontos. A queda reflete a estabilidade do ciclo da oleaginosa nos Estados Unidos, que deve resultar em alta produtividade.
Em entrevista feita pelo Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (31), Marcos Araújo, analista da Agrinvest, destacou que 4% das lavouras de soja nos EUA estão sob estresse hídrico, comparado a 53% no ano anterior, indicando um cenário climático favorável. Ele alerta para o excesso de oferta e a demanda estagnada, reforçando que os produtores devem considerar estratégias de comercialização antecipada para mitigar riscos.
Em comentário divulgado nesta manhã, Eduardo Vanin, analista da Agrinvest, explica que, apesar da soja americana estar mais barata que a brasileira, as emagadoras chinesas estão muito cautelosas e evitam ir às compras nesse momento. De acordo com ele, as margens de esmagamento não estão favoráveis.
O USDA divulgará seu relatório semanal de Vendas de Exportação ainda hoje, com expectativas do mercado para as vendas de soja da safra antiga em 75 a 300 mil toneladas e a nova safra em uma faixa de 300 a 900 mil toneladas. As vendas de farelo são vistas em 150 a 700 mil toneladas em um total deste e do próximo ano de comercialização. As vendas de óleo de feijão são estimadas em um total de 0 a 20 mil toneladas. Os dados de esmagamento de junho serão atualizados na quinta-feira, com a maioria esperando ver uma queda em relação a maio, mas uma melhora em relação ao ano passado.