O mercado de grãos registra um novo dia de baixas expressivas na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (29), desta vez, liderado pelo trigo, que cedia mais de 2% entre os contratos mais negociados na manhã de hoje. O movimento no grão arrastava para o campo negativo também os preços do milho e da soja, esta última recuando mais de 1% entre as principais posições, com o vencimento agosto sendo cotado a US$ 10,47 e o novembro a US$ 10,27 por bushel.
Os preços seguem refletindo um cenário combinado, em especial nos EUA, de oferta maior – com o bom desenvolvimento da safra americana – e uma demanda ainda pela soja norte-americana. Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe uma leve redução na classificação das lavouras americanas, porém, insuficiente para mudar o potencial da nova temporada.
O reporte semanal de acompanhamento de safras apontou 67% dos campos da oleaginosa em classificados como bons ou excelentes contra 68% da semana aneterior. O mercado também apostava em um manutenção do índice. No ano passado, neste mesmo período, eram apenas 52%. São 25% das lavouras em condição regular e 8% em condições ruins ou muito ruins, enquanto na semana anaterior eram 24% e 8%.
Ainda sobre a soja, o reporte apontou 77% das lavouras de soja em fase de florescimento, contra 65% da semana anterior, 79% ano passado e 74% de média dos últimos cinco anos. São ainda 44% dos campos em fase de formação de vagens, contra 29% da semana anterior. Em 2023 eram 46% e a média é de 40%.
O clima no Meio-Oeste americano continua favorável e deverá manter o cenário com poucas alterações em relação ao que já se conhece sobre a safra.
ALém disso, o mercado também ainda segue atento às especulações da possível retirada das retenciones sobre a soja da Argentina depois do reforço do compromisso do presidente do país, Javier Milei, durante o final de semana ao visitar a maior feira agropecuária argentina.