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Suzano dá início à produção de celulose em Ribas do Rio Pardo

Após um período de testes, a fábrica de celulose da Suzano foi ativada na noite deste domingo em Ribas do Rio Pardo. Ela foi apontada como o maior investimento privado em curso no País, com valores de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões para outros serviços associados, como a florestas e criação de uma estrutura de escoamento.

A ativação da unidade vai representar acréscimo de 20% na capacidade produtiva da companhia, com a maior linha única de produção de celulose do mundo. A chegada do empreendimento mudou o perfil de Ribas, com a presença de pelo menos 10 mil trabalhadores na fase de pico da obra. Agora, ficarão os trabalhadores permanentes. No começo do ano, o prefeito da cidade explicou ao Campo Grande News que via uma nova “dor do crescimento”, diante do desafio de oferecer serviços para as famílias que permanecerão na cidade. Um dos gargalos é a oferta de vagas de creche.

A empresa, gigante em números, apontou que o Projeto Cerrado, nome dado ao empreendimento, vai integrar um bolo de investimentos de no total de R$ 16,5 bilhões neste ano. Entre 2019 e 2023, o volume de investimentos somou R$ 50 bilhões, nesse total inserida a construção da fábrica e uma imensa estação de transbordo perto da Inocência, onde chegarão os caminhões com os produtos de Ribas para transferência aos trens que chegam da malha norte passando pela região rumo ao Porto de Santos para exportação. É o maior investimento da história de 100 anos da Suzano

Ativação da unidade da Suzano em Ribas ocorreu em clima de comemoração

“A conclusão bem-sucedida do Projeto Cerrado reflete a dedicação e a capacidade de execução de cada pessoa envolvida nesta obra grandiosa e transformacional, e comprova a cultura de excelência que permeia toda a organização, liderada com maestria por Walter Schalka durante os últimos 11 anos”, diz Beto Abreu, recém-nomeado presidente da Suzano. “Sua visão e ambição levaram a empresa a entregar um projeto dentro do orçamento previsto e que, em todas as etapas, aderiu ao foco central da Suzano em apoiar a sustentabilidade e ter um impacto local positivo”, completa o executivo.

“A nova fábrica contribui para abrir novas oportunidades de crescimento futuro, no desenvolvimento de produtos inovadores a partir de uma matéria-prima renovável, e fortalece a irreplicabilidade do modelo de negócios da Suzano”, afirma Schalka

A unidade de Ribas fará a produção da Suzano subir 20%, saltando de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais.

Segundo a empresa, a unidade de Ribas do Rio Pardo utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal, e, com isso, o uso de combustíveis fósseis ficará restrito aos momentos de partida e retomada de produção. A fábrica também será autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios que atenderá os fornecedores satélites da fábrica, além de ser exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia de fonte renovável poderia abastecer mensalmente uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.

Ainda ontem, o titular da Semadesc, Jaime Verruck fez postagem em rede social comemorando a inauguração e dizendo que a unidade irá transformar a vida de muitas pessoas.

Suzano construiu estação de transbordo entre Inocência e Paranaíba para embarcar produção em trens (Foto: Direto das Ruas)
Suzano construiu estação de transbordo entre Inocência e Paranaíba para embarcar produção em trens (Foto: Direto das Ruas)
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