Os preços da soja começam a semana trabalhando ecom boas altas na Bolsa de Chicago e sobem entre 14 e 19 pontos na manhã desta segunda-feira (22). Perto de 7h25 (horário de Brasília), o agosto tinha US$ 11,11 e o novembro, US$ 10,55 por bushel. Os futuros do grão acompanhavam altas de mais de 2% do farelo, mais de 1% do óleo e do milho, além de um avanço do trigo.
O mercado sobe mesmo diante da notícia mais importante do final de semana, com Joe Biden anunciando sua desistência à candidatura à presidência dos Estados Unidos, o que coloca Donald Trump ainda mais próximo da Casa Branca. “Talvez os dois ativos mais sensíveis aos cenários de eleição nos EUA à relação China-EUA sejam a soja na CBOT e CSI300. A China vai comprar mais ou menos soja no curto prazo devido à esta mudança de cenário?”.
Além das questões políticas, as fundamentais também estão em evidência, em especial o clima nos EUA. As atenções se dão sobre as previsões para os próximos dias, com a possibilidade de dias mais quentes e secos no Meio-Oeste americano.
“Final de semana com chuvas limitadas ao centro e ao oeste do Corn Belt, com o lado Leste predominantemente seco, mas sem qualquer stress, devido a boa reserva hídrica que existe em toda a região, pelo menos até o presente momento. Entretanto, as previsões climáticas para os próximos 10 dias de acordo com o modelo europeu é de chuvas muito abaixo do normal para todo o Corn Belt, com exceção do estado de Wisconsin, Norte de Iowa e Minnesota, que deverão receber chuvas de no máximo 50 MM para todo o período”, informa o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
O executivo explica que o mercado também acompanha atentamente o comportamento dos fundos, os quais seguem carregando grandes posições vendidas.
“Enfatizamos que, neste momento, não existe nenhum fator fundamental que possa elevar ou mesmo reverter os preços em CBOT a não ser pela redução da oferta, já que a demanda, se sente muito confortável e é muito inferior a oferta mundial disponível”, complementa Sousa.
Carla Mendes