O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) aceitou o pedido de habeas corpus de seis presos acusados de desvios milionários na Federação de Futebol do Estado (FFMS), e determinou que sejam monitorados por tornozeleira eletrônica. A decisão, desta quinta-feira (27), manteve ainda a liberdade do presidente afastado, Francisco Cezário de Oliveira. O grupo teria desviado R$ 10 milhões da entidade nos últimos anos.
Depois de 37 dias de prisão, foram soltos: Aparecido Alves Pereira, Francisco Carlos Pereira, Valdir Alves Pereira, Umberto Alves Pereira – sobrinhos de Cezário -, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira e filho de Umberto; Rudson Bogarim Barbosa – funcionário da FFMS. Os investigados estavam presos desde o dia 21 de maio, quando o Gaeco deflagrou a operação Cartão Vermelho.
Cezário foi solto no dia 6 de junho, quando a desembargadora Elizabete Anache do TJMS concedeu liberdade provisória ao dirigente, com uso de tornozeleira eletrônica. Ele chegou a ser internado para fazer um cateterismo. A decisão foi pautada, principalmente, no estado de saúde do acusado.
Além dos seis acusados que agora respondem em liberdade, outras cinco pessoas também foram denunciadas pelo Ministério Público pelos crimes de desvio de dinheiro público, furto qualificado, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, que teria causado o prejuízo estimado de R$ 10 milhões aos cofres da Federação de Futebol do estado entre 2018 e 2023.
O caso está na 6ª Vara Criminal de Competência Residual do TJMS, sob responsabilidade do juiz Márcio Alexandre Wust.
Operação Cartão Vermelho
O relatório da investigação aponta o presidente afastado da FFMS como o chefe de um esquema para desviar recursos que eram destinados ao futebol estadual por meio da entidade.
O nome da operação, Cartão Vermelho faz alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar os jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.