As regiões norte e nordeste de Mato Grosso do Sul, responsáveis por mais de 82% da área cultivada com algodão no Estado iniciam a colheita da safra 2023/2024, na próxima segunda-feira, 13 de maio.
Segundo a Ampasul, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão, o comportamento do clima interferiu no desenvolvimento da cultura neste ano. Outro fator que influenciou foi a oportunidade em que os cotonicultores tiveram para semear assim que abriu a janela de plantio.
As regiões foram afetadas por longo período de céu encoberto e altos índices pluviométricos a partir da segunda quinzena de março, até abril, período em que o algodoeiro já estava com as estruturas reprodutivas avançadas. Esse comportamento do clima provocou perdas de maçãs do baixeiro, por apodrecimento.
A partir da segunda quinzena de abril as chuvas não ocorreram, cessando as perdas do baixeiro e dando oportunidade dos produtores ao aproveitamento da produção dos ponteiros, amenizando assim os impactos na produção. Outro fator climático que beneficiou a cultura, até o momento, está sendo a ausência de geadas.
O “corte” repentino das chuvas também provocou a antecipação do ciclo da cultura nas duas regiões, permitindo assim que a colheita possa ser realizada a partir desta segunda-feira (13) em algumas lavouras. Além da antecipação do ciclo, também ocorreu o aumento da pressão do bicudo, principal praga do algodoeiro, que vem exigindo dos cotonicultores atenção redobrada ao protocolo de controle.
“A produtividade do algodão em Mato Grosso do Sul, neste ano agrícola poderá chegar próxima da alcançada no ano passado, que foi de 340@/ha, no entanto, somente no decorrer da colheita é que se poderá obter uma média mais aproximada da realidade”, disse o Diretor Executivo da Fundação Chapadão, Adão Hoffmann.