A situação da rodovia MS-436, no trecho entre Camapuã e Figueirão, é preocupante para motoristas que precisam da via para seus deslocamentos. O trecho crítico fica após o distrito de Pontinha do Cocho e está praticamente intransitável. Apesar disso, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) não tem sequer prazo para iniciar obras de reparo na região.
Vídeo impressionante compartilhado em perfil de rede social mostra que o asfalto está com crateras comparados com as da ‘Lua’ por seguidores, que lamentam o descaso com a via.
Imagens feitas com uso de drone pelo administrador da página Edflydrone foram publicadas nas redes sociais e chamaram a atenção dos seguidores. Nela, o cinegrafista, que também é motorista e percorre muitas estradas no Estado, faz uma tomada aérea noturna que revela a extensão do problema dos buracos.
Um dos comentários do vídeo na rede social destaca o perigo enfrentando diariamente por motoristas em estradas de más condições. “Lamentável o que esses motoristas passam nessas estradas pra levar cargas, pois sou filha de um caminhoneiro que foi morar com Deus, meu carinho e respeito a todos caminhoneiros desse chão brasileiro”, disse uma seguidora.
“Só quem tem que passar por esse trecho frequentemente sabe o quão importante é esse post”, concorda outra seguidora.
Veja o vídeo:
Sem prazo para reparos
Ainda em abril, a Agesul anunciou o lançamento de licitação que visa a restauração da Rodovia MS-436, no trecho de 61,60 km que vai da entrada na BR-060 até o limite municipal entre Camapuã e Figueirão (próximo à Pontinha do Cocho). A licitação deverá ser finalizada em maio e o prazo para os trabalhos será de 600 dias (20 meses).
Depois desta, uma segunda etapa foi anunciada pelo Governo Estadual, ainda em novembro passado. Segundo matéria publicada no site, o segundo lote segue da Pontinha do Cocho até Figueirão, com reforma de mais 49,9 km. Este trecho representa um investimento de R$ 71 milhões. Com licitação ainda não publicada, a empresa escolhida terá que concluir os trabalhos em 480 dias (16 meses).
A reportagem do Jornal Midiamax questionou a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) sobre a previsão para licitação do segundo lote, porém não obteve resposta até a publicação. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Deputado cobra solução
Nesta terça-feira (30), deputado Pedro Kemp (PT) usou o pequeno expediente da sessão para solicitar a reparação da estrada.
A solicitação foi feita diretamente ao secretário Hélio Peluffo, da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul). O deputado relata péssimas condições do asfalto da estrada e diz que o pedido foi encaminhado por moradores da região.
“Conforme informado, há trechos repletos de buracos tornando impossível o tráfego de veículos em velocidade permitida para a via, e com relação aos motociclistas o risco de acidente aumentou. Além das questões de segurança, os motoristas enfrentam a perda de tempo e os reiterados problemas mecânicos nos veículos”, registra a indicação.
Pista de obstáculos
No último ano, o Midiamax já havia relatado a dor de cabeça causada pelo trecho da MS-436. Leitor do Jornal Midiamax, que preferiu não se identificar, utiliza a via duas vezes por semana e descreveu a situação como uma pista de obstáculo.
“Desde dezembro de 2022 a rodovia encontra-se intransitável. Há trechos que devemos trafegar na contramão ou até desviar para o mato, pois não tem acostamento”, conta.
“Utilizo a rodovia toda semana e constantemente presencio acidentes e carros quebrados devido aos buracos”, diz ele, que garante que o trecho mais crítico é próximo ao distrito de Pontinha do Cocho.