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Qual é a vantagem da rotação do feijão com outras culturas

Técnica aumenta a fertilidade do solo, auxilia no controle de pragas e doenças e eleva produtividade das lavouras

A rotação de cultura é uma técnica agrícola de conservação que tem por objetivo diminuir a exaustão do solo. Ao alternar o plantio de espécies vegetais em uma mesma área no decorrer do tempo é possível melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo; aprimorar o controle de plantas daninhas, doenças e pragas; e repor matéria orgânica.

Dessa forma, o sistema de rotação de culturas aumenta a fertilidade do solo. E uma das plantas que pode ajudar nesse processo é uma leguminosa tradicional na mesa do brasileiro: o feijão.

Geralmente, o produtor planeja o cultivo de diferentes culturas, preferencialmente com sistemas de raízes diferentes entre si, como por exemplo, gramíneas e leguminosas, no inverno ou no verão, onde cada espécie plantada vai gerar um efeito residual positivo para o solo, para o meio ambiente e para a cultura que será plantada na sequência.

De acordo com informações da Embrapa, para obter uma alta eficiência na melhoria da capacidade produtiva do solo, o planejamento da rotação de culturas deve considerar, preferencialmente, plantas comerciais e, sempre que possível, associar espécies que produzam grandes quantidades de biomassa e que apresentam rápido desenvolvimento.

Além disso, deve se dar preferência a plantas fixadoras de nitrogênio, com sistema radicular profundo e abundante, para promover a reciclagem de nutrientes.

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A intenção é incentivar a expansão do cultivo de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca - Pixabay

Neste contexto, o feijão, que é cultivado em várias regiões do Brasil, pode ser rotacionado com diversas culturas. Por ser uma leguminosa, a recomendação é que seu plantio seja escalonado com gramíneas, a exemplo do centeio, da aveia e do triticale.

A alternância vai propiciar uma maior diversidade do solo e contribuir para a redução da incidência de pragas e doenças. Essas condições favorecem o desenvolvimento e a obtenção de boa produtividade da lavoura de feijão.

No Paraná, maior estado produtor de feijão do Brasil, é comum que a leguminosa seja cultivada em fevereiro, logo após a colheita do milho precoce. Essa rotação facilita o controle de plantas daninhas e diminui a incidência de doenças, contribuindo para a redução dos custos das lavouras de feijão.

Por Luciana Franco —globorural

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