“Fogo amigo”. O nome da operação deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (28) para prender os assassinos de Denis Antônio de Souza Queirós, de 31 anos, e Leide Jasmin Rodrigues, de 21 anos, faz jus ao vínculo entre os autores e vítimas. Segundo a investigação, Denis e Leide eram amigos próximos dos assassinos.
Não há detalhes sobre a amizade dos envolvidos e ainda não está esclarecida a real motivação para o crime, que ocorreu no município de Três Lagoas. Denis e Leide foram assassinados e tiveram os corpos carbonizados em julho do ano passado.
A investigação se estendeu por meses para “unir os pontos” e chegar aos assassinos, de 34 e 37 anos, presos nesta quarta-feira, em Bauru (SP), durante operação Fogo Amigo, coordenada pelo Seção de Investigação Geral (SIG) e Núcleo Regional de Inteligência (NRI) de Três Lagoas. A ação teve participação das equipes da polícia de São Paulo.
Contra eles havia mandados de prisão e busca e apreensão. Durante a captura dos alvos, um deles foi encontrado com droga e autuado em flagrante por tráfico. Os suspeitos foram encaminhados para Três Lagoas, onde serão indiciados pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado, pelo motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa das vítimas, pelo emprego de arma de fogo e asfixia.
Duplo homicídio – No dia 22 de julho de 2023 o corpo de Leide Jasmin foi encontrado carbonizado, próximo a BR-262 em Três Lagoas. Conforme informações da Polícia Civil, a identificação aconteceu com auxílio da perícia papiloscópica. A jovem era moradora de Ponta Porã e estaria de passagem na cidade por 22 dias. Em seguida, ela seguiria para o Estado de São Paulo, segundo familiares.
No mesmo dia, o corpo de Denis Antônio também foi achado parcialmente carbonizado, com sinais de estrangulamento, em uma estrada vicinal próximo a BR-158. No pescoço da vítima havia marca de que violência. Além disso, ele tinha queimaduras principalmente na região pélvica.